terça-feira, 31 de julho de 2012

Mensagens Que Falam: Julho 2012

"O homem se aproxima mais de Deus quando,
num certo sentido,
ele se assemelha menos a Deus". 
- C. S. Lewis

"O único lugar fora do céu 
onde você pode manter-se perfeitamente seguro
contra todos os perigos 
e perturbações do amoré o inferno". 
- C. S. Lewis

"Quando deixamos Deus usar
nossas experiências passadas,
elas se convertem em instrumentos pelos quais
o Senhor nos prepara para o trabalho
que Ele tem para nós". - Corrie ten Boom

"Fazer a vontade de Deus 
não é simplesmente fazer o que eu quero
e depois pedir que Ele abençoe a minha decisão". 
- Benny Hinn.

A esperança diz: "Deus pode fazer"
A fé afirma: "Deus vai fazer"
O amor replica: "Fazendo ou não, eu quero é Deus" 
- Fernando Figueira

"O oposto do amor não é o ódio,
e sim a indiferença".
- Emily Giffin.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Eu Não Sei o Que Seria de Mim

"Eu não sei o que seria de mim se eu não tivesse o Senhor
para recorrer em dias assim
Dias tão turbulentos, onde tudo tenta se opor 
e o mundo parece querer te engolir
Dizem que o mundo é dos espertos
e só os mais fortes é que sobrevivem
Mas eu sei que a Ta Palavra diz outra coisa;
que fortes mesmos são os que confiam em Ti".
- D.A.T.H.

domingo, 29 de julho de 2012

Vazio

Há um vazio em forma de Deus,
no coração de cada homem,
que não pode ser preenchido 

por qualquer coisa criada, 
mas somente por Deus,
o Criador, que se revela a nós
através de Cristo.
- Blaise Pascal

sábado, 28 de julho de 2012

A Igreja de Hoje

"Uma profunda convicção está tomando conta da igreja de hoje
— um conhecimento interior de que existe algo
terrivelmente errado e que está crescendo.
 Passamos toda a vida sen­tados em bancos de igrejas,
mas saímos de lá e não causa­mos nenhum impacto no mundo.
Ouvimos um sermão depois do outro,
incontáveis aulas de estudo bíblico
e assistimos cen­tenas de horas de especiais vocais,
 mas ainda nos perguntamos se o conhecemos".
- Tommy Tenney (Os Descobridores de Deus).

sexta-feira, 27 de julho de 2012

O Perfume Que Atrai a Presença de Deus

Geralmente a presença de Deus é intensa em nossas salas de oração e nas igrejas, mas dez minutos depois de sairmos de lá, a presença nos deixou. Você está frustrado com esse proces­so? 

O segredo pode ser que o perfume que atraiu a presença dele não veio de você. Você está desfrutando do perfume de outra pessoa? Talvez seja por isso que você não tenha nada para levar para casa quando sai do culto. 

Se você estiver simplesmente desfrutando do perfume dos outros, nunca saberá de quem é o quebrantamento que deixou o perfume na sala. Eu posso lhe dizer o seguinte: A presença manifesta de Deus somente vai para casa com aquele cujo quebrantamento o atraiu. 

Quando Maria voltou para casa depois que quebrou seu jarro de alabastro de quebrantamento sobre Jesus, ela ainda tinha o aroma o Senhor. Quando se levantou na manhã seguin­te, ainda tinha o perfume dele. 

Você está desesperado pelo tipo de encontro com Deus que permanece com você? Esta é a chave: você tem de que­brar o seu jarro de alabastro. Ele não vai quebrá-lo para você; você tem de quebrá-lo. 

Maria sacrificou o futuro dela por causa desse presen­te especial. O que você daria para ficar saturado da presen­ça dele por trinta segundos? Ê o momento de quebrar o seu jarro de alabastro. 

Se não lhe custar nada, então o quebrantamento foi de outra pessoa. A adoração que não lhe custa nada é momen­tânea, mas a adoração que custa algo, fica com você.

- Trecho do Livro "Os Descobridores de Deus", de Tommy Tenney.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Fome Por Deus

"O volume do seu vazio determina
o quanto você pode ser cheio".
Deus não se impressiona com a nossa arrogância adoles­cente expressada pela ladainha daquilo que temos, onde esti­vemos, ou daquilo que realizamos em seu nome. Nada disso tem o poder de abrir os céus ou conduzir à presença manifesta de Deus. 

A atração que permite que você se aproxime de Deus não tem nada a ver com o quão bem você fez as coisas ou o quão bom você acha que é. Tem mais a ver com o quão faminto você está. Os sentidos de Deus são insensíveis aos supostos pontos fortes e virtudes dos seres humanos, mas Ele presta atenção à mais leve sugestão de desespero e fome por Deus no menor de nós.

Nossas igrejas estão cheias de pes­soas que poderiam vencer concursos bíblicos, pois são esforçadas coleciona­doras de fatos que dizem respeito a Deus. Infelizmente, poucas delas en­tendem a diferença entre saber sobre Deus e conhecer a Deus. 

Somos como as duas mulheres que paravam na minha frente em um arma­zém em uma cidadezinha. Elas começa­ram a falar sobre algumas celebridades sobre as quais haviam lido nos jornais. Elas disseram: 

— Você soube daquela? Ela vai ter um bebê. Aquele outro se casou um dia depois de assinar o divórcio. Eu soube que aquele outro está com câncer. 

Se eu não soubesse, pensaria que conheciam todas aquelas celebridades intimamente. Na verdade, elas nem ao menos as co­nheciam. Todo aquele "conhecimento íntimo" delas vinha de revis­tas compradas em supermercados! 
A coleção compulsiva pelos de "fatos" de segunda mão criou um falso senso de intimidade com as celebridades. Algumas vezes, a nossa coleção compulsiva de fatos é com relação a divindade. 

A nossa fonte escrita de informação sobre Deus é reconhecida e absolutamente apurada e certificada, mas Deus não quer que busquemos conhecimento apenas em sua Palavra, mas também pessoalmente. Uma coisa deve sempre apontar para a outra. Os que vivem assim estão "sempre aprendendo, e jamais conseguem chegar ao conhecimento da verdade".

- Trecho do Livro "Os Descobridores de Deus", de Tommy Tenney.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Para Onde Você Está Olhando?

Minha segunda filha tinha apenas quatro anos quando fo­mos ao Grand Canyon. Estávamos maravilhados com aquele lugar. Ela queria entender tudo aquilo e, então, eu lhe expli­quei: 
— É um grande buraco no chão da América com um monte de rochas grandes e bonitas. 

Paramos, então, num estacionamento de cascalho, apontei para as paredes coloridas do desfiladeiro e disse animado: 
— Olhe as rochas, querida! 
Em seguida, andamos para olhar o lugar de cima. Minha filhinha ficava dizendo: 
— Olhe as rochas! 

Em determinado momento, obser­vei que ela não estava olhando para o Grand Canyon. Havia apanhado al­guns cascalhos do estacionamento e embalava aquelas rochas com cuidado e grande reverência, dizendo: 
— Vejam , rochas americanas! 

Esse é o retrato da igreja. O Es­pírito Santo está apontando para a vinda do Pai em toda a sua glória, e continuamos a furar o estacionamento, cavando até encon­trar pedras de calçamento para dizer: Vejam!
Reunimos para atirar pedras nas pessoas que são dife­rentes ou nas que não se igualam à nossa medida individual de justiça religiosa (obras do homem). Em alguns casos, até mesmo apanhamos algumas rochas para arremessar em pes­soas que se atrevem a ser "mais espirituais" do que nós. Os pecadores ouvem incontáveis histórias nos jornais ou no salão de beleza sobre cristãos que se reúnem para debater os mandamentos de Deus e chegam a explosões verbais a respeito de coisas insignificantes e sem sentido, deixando de lado as mais importantes. 

Nós também nos reunimos para exibir, com orgulho, nos­sas realizações e obras feitas para Deus, sem nos darmos con­ta de que estamos pedindo que Ele abençoe e honre nossa pi­lha pessoal de trapos de imundícia. Levamos nossos dízimos e ofertas de ouro a Deus como se Ele precisasse deles. 

Como minha filhinha embalando aquelas rochas sem valor no estaci­onamento do Grand Canyon, embalamos nosso ouro e o colo­camos a seus pés com relutância como se isso tivesse valor inestimável. Contudo, estamos meramente oferecendo a Deus "pedras de pavimento" de suas ruas de ouro, em vez de con­centrar nosso foco na face dele — a verdadeira fonte de toda a admiração e riqueza no reino. 

- Trecho do Livro "Os Descobridores de Deus", de Tommy Tenney.

terça-feira, 24 de julho de 2012

O Amor de Nosso Pai Celestial


Retalos de Tommy Tenney, em "Os Descobridores de Deus".

Embora minha filha mais nova tenha crescido demais para brincar de esconde-esconde, eu ainda consigo encontrar for­mas de beijá-la e de abraçá-la encontran­do modos criativos de fazê-lo. Outro dia eu disse: 
— Querida, venha fazer um carinho no papai. 

Ela estava brincando com suas bonecas, mas rastejou até o meu colo e me deu um beijo. Quando tentou voltar à brincadeira, eu protestei: 

— Não, venha aqui. Dê-me mais carinho — pedi. Para minha surpresa, ela disse-me: 
— Esse é o problema com vocês pais. 
— O que você quer dizer? — perguntei. 
— Vocês sempre querem amor demais — respondeu. 

Diante do que ela me disse, eu não pude deixar de pensar que esse também é o problema com o nosso Pai: Ele sempre quer amor demais. Nós lhe damos beijos superficiais nos do­mingos de manhã e corremos de volta aos nossos brinquedos religiosos e encontros dissimulados. 


Como pai, vivo constantemente esforçando-me para re­ceber só mais um abraço apertado ou um beijo das filhas que tanto amo. Acredito que nosso Pai Celeste faz o mesmo. O tempo todo Ele está dizendo: "Sinto saudades de você. Gostaria de receber mais beijos e abraços". Deus quer que nos demoremos mais em sua presença, mas isso é algo raro na maioria das igrejas modernas. Precisa­mos tomar cuidado, na igreja, para que a arrogância da nossa adolescência espiritual não nos roube a paixão infantil pela pre­sença de Deus. 

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Mensagens Que Falam: Os Descobridores de Deus

Como pai, vivo constantemente esforçando-me para re­ceber só mais um abraço apertado ou um beijo das filhas que tanto amo. Acredito que nosso Pai Celeste faz o mesmo. Precisa­mos tomar cuidado, na igreja, para que a arrogância da nossa adolescência espiritual não nos roube a paixão infantil pela presença de Deus. Temos de aprender que Deus não se esconde para que não possa ser encontrado. Ele tem o cuidado de se es­conder para que possa ser descoberto.

É possível que a igreja atual esteja sofrendo da Síndrome de Uzias. Insistimos em nos aproximar de Deus à nossa maneira, afirmando que tudo está sendo feito para a "glória de Deus". A nossa adoração será aceita pois sabemos como agradá-lo. Pen­samos poder "alimentá-lo" com nossos sermões bem preparados, liturgias fri­as e cansativas, e adoração orquestra­da com orgulho e arrogância religiosos, como se Ele fosse um animal treinado e acorrentado.

No plano perfeito de Deus não existe espaço para mais de um rei. Recentemente, me dei conta de que, quando Herodes rejeitou o bebê Jesus, o Rei dos reis criança foi levado para o Egito retornando somente depois que Herodes morreu. 
Se você continuar insistindo em ser o soberano da sua própria vida, Deus sairá de cena e permanecerá à espera de que algo morra, para que novamen­te você seja dependente dele. Aí, en­tão, Ele voltará imediatamente. As Es­crituras dizem que "depois que Herodes morreu", Jesus e sua família voltaram a Israel. Reis carnais, ao morrer, dão lugar ao reinado espiritual e vivificador. Essa é a regra divina.

Se você já teve um encontro com a presença manifesta de Deus, isso irá arruinar a igreja para você. Desse pon­to em diante, você irá apenas tolerar a igreja. O que você realmente quer é: "Venha, Deus". 
Os sermões e as canções centradas no homem irão deixá-lo en­joado. As simulações o deixarão lou­co. "O que vocês estão tentando fa­zer?" As pessoas mal conseguem ver o que você está vendo. Elas acham que você está olhando para fora da janela, mas você está procurando o padrão aparecer na vidraça. Vocês nem mesmo estão olhan­do as mesmas coisas. Nosso Pai Celestial quer que você redescubra a alegria da inocência e do contentamento por sua presença. Quando atin­gimos a arrogância da adolescência, não podemos cativar o coração de Deus, pois pensamos: Ah! É só Tu. Ah, é só a igre­ja; eles estão apenas cantando outra canção. É só mais um sermão.

Um dos grandes engodos de Satanás é fazer com que nos sintamos satisfeitos como se tivéssemos chegado a algum lu­gar. A verdade é que podemos "cair na vala" em cada extremo da estrada estreita. Podemos deixa de ser gratos pelas muitas visitas e bênçãos de Deus e ver o rio de sua presença se secar rapidamente. Deus se recusa a honrar aqueles que não o reco­nhecem nem o honram. Por outro lado, podemos fazer o que muitos na igreja fize­ram: dar mais importância à gratidão do que à sede que nos impulsiona na corrida. É a sede que nos mantém na persegui­ção.

Sou muito grato pelo que Ele tem feito, 
mas também estou muito ansioso pelo que Ele pode fazer.

A presença de Deus é o ar que nosso homem espiritual respira. Não foi em tom de brincadeira que Jesus se intitulou de "O Pão da Vida". Ele é verdadeiramente o nosso alimento, água, alegria, rocha e escudo, quem nos cura, nos liberta, redime, nosso pastor, grande sumo sacerdote, advogado. Precisamos enumerar mais coisas? Está claro que precisamos dele em todos os momentos da nossa vida.

Quando você ora com persistência, adora com espon­taneidade, ou jejua com sede e fervor, cria urgência e paixão celestiais irresistíveis para o seu Criador e Pai Celeste. Quan­do buscamos o avivamento, em vez de buscarmos a face daque­le que faz o avivamento existir, perdemos a marca da paixão.

Senhor, permita que saíamos de tua presença 
com mais sede do que quando chegamos. 
Que sejamos sem­pre gratos, mas querendo mais. 
Gratos, mas sedentos. 
Que nossa oração constante seja: "Tenho sede de ti!

Senhor, confesso a minha pobreza de espírito. Como a vangloria de Paulo, o apóstolo, minha única vangloria é a absoluta dependência de ti. Sou permanente, incurável, profunda e desesperadamente ansioso por ti! Não posso sobreviver, agir ou mover-me afastado de ti. Sou inteira­mente deficiente!

- Trechos do Livro "Os Descobridores de Deus", de Tommy Tenney.


domingo, 22 de julho de 2012

Quebre as Regras

"Pare de ficar esperando que Deus,
de alguma forma, te surpreenda,
e faça algo para surpreendê-lo.
Quebre as regras, os dogmas, fuja do previsto,
tire os sapatos antes de buscá-lo,
plante bananeira, abrace a si mesmo bem apertado
como se estivesse o abraçando,
grite o mais alto que puder, deite com a cara no chão
e o mais importante, adore-o sem se importar
com o que o mundo irá pensar".
- Fernando Henrique.

sábado, 21 de julho de 2012

Monótona Devoção

"A idéia de que a religião é algo enfadonho, estúpido e monótono
é abominável para Deus.
Ele criou diversas coisas e adora surpreender-nos.
Se estamos fartos de alguma forma monótona de devoção
é bem provável que Deus esteja tão farto dela quanto nós.
- Irmão Lawrence e Frank Laubach.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Matéria Prima

Somos como artistas que receberam a incumbência de construir nossa vida, a partir de uma massa sem forma de matéria–prima. Uns são feios, outros bonitos. Há os brilhantes, os profundos, os charmosos e os envergonhados. Deus não promete resolver todos os nossos "problemas", pelo menos não como gostaríamos de que fossem solucionados. Pelo contrário: chama–nos para confiar n'Ele, e para permanecer fieis, quer sejamos brasileiros ricos ou sudaneses aprisionados. O que mais importa é o que criamos a partir da matéria–prima. 

Ele me criou como sou: com meus traços fisionômicos particulares, minhas dificuldades e limitações, meu corpo, minha capacidade mental. Posso passar toda a vida ressentido com uma característica ou outra, e pedindo a Deus que mude minha "matéria–prima". Ou posso aceitar–me como sou, humildemente, com as falhas e tudo mais, como a matéria–prima com a qual Deus pode trabalhar. 

Trecho do Livro "Perguntas Que Precisam de Respostas", de Philip Yancey.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Mensagens Que Falam: Perguntas Que Precisam de Respostas

Lendo Oséias e suas surpreendentes metáforas misturadas, fui forçado a examinar minha própria vida. Será que prefiro o conforto de um relacionamento infantil com Deus? Será que me apego ao legalismo como uma forma de segurança, uma forma ilusória de conseguir que Deus "goste mais de mim"? Meu amor por Deus é condicional, como o de uma criança? Quando as coisas não vão bem, será que desejo fugir, ou gritar: "Odeio você!"? Ou sou mais como um parceiro no casamento: aquele tipo de casamento antigo, na doença e na saúde, para o melhor e para o pior, até que a morte nos separe (ou, neste caso específico, até que a morte nos reúna)?

Depois de duas semanas lendo a Bíblia inteira, emergi convicto de que Deus não se importa muito em ser analisado. Acima de tudo – como qualquer pai, como qualquer amante —, deseja ser amado.

Na escuridão, lembre–se do que aprendeu na luz. (Joseph Bayly)

Receber o mandamento de amar a Deus acima de tudo, ainda mais estando no deserto, é como receber a ordem de sentir–se bem quando se está doente, cantar de alegria quando se morre de sede, correr quando as pernas estão quebradas. Esta, porém é o primeiro e o maior dos mandamentos. Mesmo no deserto — especialmente no deserto – devemos amá–lo. (Frederick Buechner)

- Trechos do Livro "Perguntas Que Precisam de Resposta", de Philip Yancey.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Falamos Demais e Ouvimos de Menos

"Pode ser que uma das nossas principais falhas na oração
é que falamos demais e ouvimos de menos.
Quando a oração chegar ao alto,
devemos aguardar em silêncio pela voz de Deus;
devemos continuar em sua presença para que
a sua paz e seu poder possam fluir para nós
e à nossa volta.
Devemos descansar em seus eternos braços
e sentir a serenidade da perfeita segurança
que Ele nos dá. (William Barclay)
- Trecho tirado do Livro "A Tua Vontade Senhor, Não a Minha", de Benny Hinn.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Eis Que Estou à Porta e Bato

Esta é uma pintura de Holman Hunt sobre Jesus. Talvez você a conheça. Arcadas de pedras... tijolos cobertos de hera... Jesus diante de uma pesada porta de madeira.

Essa pintura estava em um Bíblia que eu costumava manusear quando criança. Embaixo da pintura havia as seguintes palavras: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.

Anos depois li a respeito de um pormenor na pintura. Holman Hunt não incluíra propositadamente uma coisa que somente seria percebida por olhos muito atentos. Eu não percebi. Quando tomei conhecimento, resolvi analisar a pintura. De fato, faltava algo. Não havia maçaneta na porta. Só poderia ser aberta por dentro. 

A mensagem de Hunt era a mesma de Deus. A mesma de toda a história. Deus chega à sua casa, pára diante da porta e bate. Fica a seu critério deixá-lo entrar ou não.

- Trecho tirado do Livro "Quando os Anjos Silenciaram", de Max Lucado.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Prontos Para o Desembarque

Há pouco tempo atrás quando entrei em um avião, caminhei pelo corredor, localizei minha poltrona e sentei-me ao lado de uma pessoa muito estranha.
O homem a meu lado trajava roupão e chinelos. Estava vestido para descansar, e não para viajar. Sua poltrona também era diferente. A minha era forrada de tecido como as poltronas dos demais aviões, a dele era forrada de fino couro.

- Importado -, disse ele, ao notar minha curiosidade. - Comprei-o na Argentina e eu mesmo forrei esta poltrona.
Antes de eu dizer alguma coisa, ele apontou para algumas pedras incrustadas no braço da poltrona.
- Comprei os rubis na África. Custaram uma fortuna.

Aquilo foi só o começo. Sua mesa dobrável era de mogno. Havia uma TV portátil instalada perto da janela. Acima de nós notei um pequeno ventilador de teto e uma lâmpada esférica. Eu nunca vira algo assim. Minha pergunta foi a mais óbvia possível:
- Por que o senhor gastou tanto tempo e dinheiro em uma poltrona de avião?
- Moro aqui - explicou. - Faço deste avião a minha casa.
- O senhor nunca desembarca? 
- Nunca! Para que desembarcar e deixar tanto conforto?

Incrível. O homem fez de um meio de transporte o seu lar. Fez de uma viagem a sua residência. Difícil de acreditar? Acha que estou exagerando? Bem, talvez eu não tenha visto tamanha extravagância em um avião, mas vejo na vida. E você também.

Você tem visto pessoas tratarem este mundo como se fosse um lar permanente. Não é. Tem visto pessoas gastarem tempo e energia na vida como se ela fosse durar eternamente. Não durará. Tem visto pessoas tão orgulhosas do que fizeram que esperam nunca ter de partir daqui. Partirão. 

Todos nós partiremos. Estamos aqui transitoriamente. Um dia o avião pousará e começará o desembarque. Sábios aqueles que estarão prontos quando o piloto disser que é hora de desembarcar. Não sei muita coisa, mas sei como viajar. Levar pouca bagagem. Comer alimentos leves. Tirar um cochilo. E desembarcar quando chegar ao destino.

- Trecho do Livro "Quando os Anjos Silenciaram", de Max Lucado.

domingo, 15 de julho de 2012

Última Semana de Jesus na Terra

A natureza não deu nenhum indício de que a última semana de Jesus aqui na terra seria diferente das milhares anteriores ou posteriores a ela. O sol nasceu e se pôs como de costume. Os flocos de nuvens enfeitaram o céu. A relva continuou verdejante e os amentilhos dançaram ao sabor do vento.

A natureza sofreria grandes fenômenos antes do domingo. As pedras rolariam antes do domingo. O céu se cobriria de um manto negro antes do domingo. Mas de segunda a quinta-feira ninguém seria capaz de prever o que aconteceria. 

A semana não deixou entrever nenhum segredo. O povo não deu nenhum indício. Para a maioria das pessoas foi uma semana de preparativos; as festividades do fim de semana se aproximavam. Comprar alimentos. Arrumar a casa. No rosto do povo não havia sinal de que algo extraordinário aconteceria - porque ninguém sabia de nada, nem mesmo os próprios discípulos.

E, mais importante ainda, Jesus também não dá nenhum indício. Você haveria de pensar que os céus se abririam. Que as trombetas soariam. Que o próprio Deus desceria do céu para abençoar seu Filho. Mas Deus não faz nada disso. Permite que o momento extraordinário se revista do comum. Uma semana previsível. Nenhum fato espetacular. Nenhum terremoto. Nenhum vendaval.

Jesus poderia ter lançado mão de um espetáculo para atrair a atenção do povo. Por que não fez isso? Por que não os surpreendeu com algum milagre? Não apareceram anjos para proteger suas costas dos açoites. Não apareceu um capacete sagrado para proteger sua testa da coroa de espinhos. E mesmo quando ressurgiu, não fez exibições. Simplesmente saiu caminhando.

Você compreende o ponto principal?

Deus fala conosco em um mundo real. Não se comunica conosco por meio de mágicas. Não se comunica conosco por meio das estrelas do céu nem por meio de reencarnação de nossos antepassados.

Não fala conosco por meio de vozes no milharal nem por meio de um pequenino homem gordo de uma terra chamada Oz. Há o mesmo poder no Jesus de plástico que está no painel de seu automóvel quando no dado de espuma colocado sobre seu espelho retrovisor.

Não faz a mínima diferença se você nasceu sob o signo de Aquário ou Capricórnio ou se nasceu no dia em que Kennedy foi assassinado. Deus não é impostor. Não é um gênio mitológico. Não é um mágico nem um feiticeiro nem um espírito de além. Ele é o Criador do universo, está aqui no centro de nosso mundo e fala com você do balbuciar de um bebê e de estômagos famintos, e não por meio de horóscopos ou signos zodiacais.

Se você tiver uma visão sobrenatural ou ouvir uma voz estranha no meio da noite, não se deixe levar pela empolgação. Poderá ser Deus ou poderá ser uma indigestão, e você não vai querer confundir uma coisa com a outra.

Você também não deve deixar de compreender o impossível por estar à procura do inacreditável. Deus fala em nosso mundo. É preciso apenas aprender a ouvi-lo.

Ouça-o em meio aos fatos corriqueiros. Você precisa de uma prova do zelo de Deus? deixe que o nascer do sol de todos os dias proclame sua lealdade. Precisa de um exemplo do poder de Deus? Passe uma tarde estudando como seu organismo funciona. Gostaria de saber se a Palavra de Deus é confiável? Faça uma lista das profecias cumpridas na Bíblia e das promessas cumpridas em sua vida.

Na última semana, aqueles que exigiram milagres não receberam nenhum e deixaram de ver o principal. Deixaram de ver o momento em que a sepultura se transformou no trono de um Rei. Não cometa o mesmo erro.

- Trecho tirado do Livro "Quando os Anjos Silenciaram", de Max Lucado.

sábado, 14 de julho de 2012

Insígnia dos Salvos

Qual é a insígnia dos salvos? Sua escolaridade? Sua disposição para visitar países longínquos? Sua capacidade para atrair uma multidão e pregar? Sua habilidade para escrever livros com mensagens de esperança? Seus grandes milagres? Não.

A insígnia dos salvos é seu amor para com os excluídos.
À direita do Pai estarão aqueles que deram de comer aos famintos, deram de beber aos sedentos, deram calor humano aos abandonados, vestiram os nus, confortaram os enfermos e visitaram os presos.

Você observou como é simples o que ele nos pede? Jesus não diz: "Eu estava enfermo e me curastes... Estava preso e me libertastes... Estava abandonado e construístes uma casa de repouso para mim..." Ele não diz: "Tive sede e me destes assistência espiritual."

Sem ostentações. Sem estardalhaço. Sem alarde na imprensa. Apenas pessoas bondosas praticando atos de bondade. Porque quando praticamos atos de bondade a outras pessoas, praticamos atos de bondade a Deus.

Jesus habita nos esquecidos. Faz morada nos ignorados. Vive no meio dos enfermos. Se você quiser ver Jesus, vá até uma casa de repouso, sente-se ao lado de uma senhora idosa e ajude-a a colocar a colher na boca. Se quiser ver Jesus, vá até o hospital público e peça à enfermeira que o leve até alguém que nunca recebe visitas. Se quiser ver Jesus, saia do escritório, desça até o saguão e converse com o homem que está arrependido de ter se divorciado e está sentindo a falta dos filhos. Se quiser ver Jesus, vá até o centro da cidade e ofereça um sanduíche - não um sermão, mas um sanduíche - àquela senhora maltrapilha que mora debaixo da ponte.

...Sim, se quisermos realmente ver a Deus, devemos ir até onde estão os humilhados e o abatidos. É lá que o veremos.  

- Trecho tirado do Livro "Quando os Anjos Silenciaram", de Max Lucado

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Convite de Deus


Jesus faz o convite. “Eis que estou à porta e bato.” Para conhecer a Deus, é preciso aceitar seu convite. Não apenas ouvi-lo, não apenas analisá-lo, não apenas identificá-lo, mas aceitá-lo. É possível alguém conhecer muito a respeito do convite de Deus sem nunca tê-lo respondido pessoalmente.

Seu convite é claro e inegociável. Ele nos oferece tudo e nós lhe oferecemos tudo. Simples e absoluto. Ele é claro no que pede e claro no que oferece. A escolha fica a nosso critério.

Não é incrível que Deus deixe a escolha a nosso critério? Pense sobre isso. Há inúmeras coisas na vida que não podemos escolher. Não podemos, por exemplo, escolher o clima e a temperatura que desejamos. Não podemos controlar os assuntos econômicos. Não podemos escolher se vamos nascer com um nariz grande ou olhos azuis ou com bastante cabelo. Nem mesmo podemos escolher nosso próprio nome ou o modo como as pessoas nos tratam. Mas podemos escolher onde viver na eternidade. A grande escolha Deus deixa por nossa conta. A decisão crucial é nossa.

O que você está fazendo com o convite de Deus? O que está fazendo com o convite pessoal de Deus para que você viva eternamente com ele?

Essa é a única decisão que realmente importa. Aceitar ou não uma transferência de emprego não é crucial. Comprar ou não um carro novo não é crucial. Em que faculdade estudar ou que profissão seguir é importante, mas nada que se compare à sua decisão quanto ao lugar onde você viverá na eternidade. Esta é a decisão que você não pode esquecer.

O que você está fazendo com o convite de Deus?


- Trecho do Livro "Quando os Anjos Silenciaram", de Max Lucado.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Teu Querer

As tuas mãos dirigem meu destino,
Ó Deus de amor, bom é que seja assim!
Teus são os meus poderes,
Minha vida, em tudo, eterno Pai, dispõe de mim!
Meus dias sejam curtos ou compridos,
Passados em tristeza ou prazer,
Em sombra ou luz é tudo como queres
E é tudo bom, se vem do teu querer.
- J. I. Packer (O Conhecimento de Deus).

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Confiança em Deus - Toplady

Deus é por mim! Não temo o mundo e seu furor; 
Minha alma tem refúgio na graça do Senhor. 
De Cristo sou amado, o meu Amigo é Deus. 

Que raivem inimigos; valido sou dos céus. 
Declaro com firmeza que Deus comigo vai; 
O eterno Ser supremo é meu amante Pai. 

Por toda parte sempre me cerca o seu amor; 
Perigo algum me afasta do excelso Protetor. 
É firme esta esperança no Salvador Jesus. 

Por ele assegurado, jamais me falta a luz. 
É nele que eu exulto, eu, frágil pecador: 
Seu sangue expiatório tem divinal Valor. 

Se Deus me justifica, quem me condenará? 
Do grande amor de Cristo ninguém me apartará. 
A morte, a vida, os homens, tristeza e tentação, 
Debalde esperam todos romper esta união. 

- Trecho do Livro "O Conhecimento de Deus", de J. I. Packer.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Quando Erramos o Caminho

Se eu descobrisse ter entrado com meu carro em um pântano, deveria saber que tinha saído da estrada. No entanto, esse conhecimento não seria de muito conforto se tivesse, então, de ficar ali parado vendo o carro afundar e sumir: o mal estava feito, sem conserto. Será que a mesma coisa acontece quando o cristão descobre ter perdido a direção divina e toma o caminho errado? O dano será irrevogável? Deverá permanecer fora da estrada para sempre? 

Graças a Deus, não. Nosso Deus não apenas restaura, mas incorpora nossos erros e nossas tolices ao seu plano e tira proveito deles. A direção, como todos os atos de bênção, sob a dispensação da graça, é um ato soberano. 
Deus não nos guia apenas para nos mostrar o caminho que devemos trilhar. Ele quer nos guiar também no sentido mais fundamental de assegurar que, aconteça o que acontecer, quaisquer que sejam os erros cometidos, chegaremos seguros ao lar. 

Haverá, sem dúvida, escorregadelas e desvios, mas os braços eternos estão por baixo, seremos alcançados, salvos e restaurados. Esta é a promessa divina; isto mostra quanto ele é bom.

Trecho do Livro "O Conhecimento de Deus", de J. I. Packer.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Pedi ao Senhor Que Eu Pudesse Crescer


Pedi ao Senhor que eu pudesse crescer 
Na fé, no amor, e em toda a graça, 
Saber mais de sua poderosa salvação 
E buscar com mais fervor sua face. 

Esperei que em alguma hora favorável 
De repente ele respondesse a meu pedido 
E pela força constrangedora de seu amor 
Eliminasse meus pecados e me desse paz. 

Em vez disso, ele me fez sentir 
O mal escondido em meu coração 
E deixou que as raivosas forças do inferno 
Assaltassem completamente minha alma. 

Ainda mais, com a própria mão 
pareceu que ele quis agravar meu sofrimento 
Anulou todos os projetos que idealizei 
Desmanchou meu jogo e me destruiu. 

"Senhor, por que isso?", clamei a tremer 
"Perseguir teu verme até a morte?” 
"É deste modo", disse o Senhor 
"Que eu respondo aos rogos por graça e fé” 
Estas provações íntimas eu uso 
Para livrá-lo do orgulho e egoísmo 
E quebrar teu esquema de alegria terrena 
Para que possas buscar-te todo em mim. 
(John Newton)

- Trecho do Livro "O Conhecimento de Deus", de J. I. Packer.

domingo, 8 de julho de 2012

Alma Saudável

Estamos acostumados com a ideia de que nossos corpos são máquinas e que precisam seguir uma rotina determinada de alimentação, repouso e exercício se quisermos que funcione eficientemente. O corpo está sujeito a perder a capacidade de funcionamento saudável se abastecido com o combustível errado: álcool, venenos, drogas, terminando por "engripar" de vez na morte física. 

O que talvez tenhamos mais dificuldade para entender é que Deus deseja que pensemos em nossa alma de modo semelhante. Como pessoas racionais, fomos criados para ter a imagem moral de Deus, isto é, nossa alma foi feita para "funcionar" praticando a adoração, a observação das leis, a fidelidade, a honestidade, a disciplina, o auto-controle e para servir a Deus e ao próximo. 

Se abandonarmos essas práticas, não apenas seremos culpados diante de Deus, mas também destruiremos progressivamente nossa alma. A consciência se atrofia, o senso de vergonha desaparece, a capacidade de ser fiel, leal e honesto é destruída, e o caráter se desintegra. Tornamo-nos não apenas desesperadamente miseráveis, mas somos gradualmente desumanizados. Este é um aspecto da morte espiritual. 

Richard Baxter estava certo ao formular a alternativa, como "Um santo ou um bruto": essa, no final, é a única escolha; e todos, cedo ou tarde, consciente ou inconscientemente, optarão por uma ou pela outra alternativa.

Trecho do Livro "O Conhecimento de Deus", de J. I. Packer

sábado, 7 de julho de 2012

A Mensagem de Eclesiastes

Veja em que tipo de mundo vivemos, diz o Pregador em Eclesiastes. Tire seus óculos cor-de-rosa, esfregue os olhos e olhe bem e longamente. O que você vê? Vê o cenário da vida determinado por ciclos periódicos na natureza que parecem não ter propósito. Vê sua forma fixada por tempos e circunstâncias sobre as quais não temos controle algum. Vê a morte chegando para todos, mais cedo ou mais tarde, e sua vinda não tem relação alguma com nenhum merecimento. Os homens morrem como os animais, tanto os bons como os maus, tanto os sábios como os ignorantes. Você vê o mal crescendo desmedidamente , os ímpios prosperando, mas não os justos. 

Ao ver tudo isso, você percebe como a disposição que Deus dá aos acontecimentos é inescrutável; por mais que queira entender, você não consegue. Quanto maior for seu esforço para entender o propósito divino na decorrência normal dos acontecimentos, mais obcecado e oprimido ficará com a aparente falta de propósito de tudo, e mais tentado ficará ao concluir que a vida na verdade não tem razão de ser. 

Entretanto, uma vez que você tenha concluído que não há de fato explicação aparente para nada, que "proveito" poderá encontrar então em qualquer esforço construtivo? Se a vida é sem sentido, também não possui valor algum. Nesse caso, qual a vantagem de trabalhar para criar coisas, desenvolver um negócio, ganhar dinheiro e até mesmo buscar a sabedoria se nada disso trará algum benefício? Se apenas o tornará motivo de inveja. Se você não poderá levar nenhuma dessas coisas consigo, e o que deixar aqui provavelmente será mal dirigido depois de sua partida. Que vantagem há, portanto, em suar e trabalhar tanto? Não deve todo o trabalho do ser humano ser julgado "inútil" e equivalente a "correr atrás do vento"? 

É a esta conclusão pessimista, diz o pregador, que a expectativa otimista de descobrir o propósito divino em todas as coisas finalmente o levará. E é claro que ele está certo, pois o mundo em que vivemos é por sinal o tipo de lugar descrito. O Deus que rege tudo se esconde. Raramente este mundo se parece com um lugar dirigido pela Providência benevolente. Raramente parece haver um poder racional por trás dele. Repetidas vezes o que é sem valor sobrevive enquanto o valoroso perece. Seja realista, diz o pregador, enfrente os fatos, veja a vida como ela é. Você não terá a verdadeira sabedoria enquanto não fizer isso. 

Mas, nesse caso, o que é sabedoria? O pregador nos ajudou a ver o que ela não é. Será que nos dará alguma orientação sobre o que é? Na verdade ele pelo menos nos dá um esboço: "Tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos". Confie nele e obedeça-lhe, respeite-o e adore-o, seja humilde diante dele e nunca diga mais que o necessário e que pretende cumprir quando ora diante dele. Faça o bem; lembre-se de que Deus algum dia lhe pedirá contas. Evite então, mesmo em segredo, coisas das quais se envergonhará quando vierem à luz, no dia do juízo divino. 

Viva no presente, e desfrute completamente sua condição; as alegrias de agora são boas dádivas divinas. Busque a graça para realizar corretamente qualquer coisa que a vida lhe ofereça e tenha prazer nesse trabalho. Deixe os resultados por conta de Deus; deixe a avaliação com ele; sua parte é usar todo o bom senso e criatividade a seu comando para explorar as oportunidades apresentadas. Esse é o caminho da sabedoria — sem dúvida um dos aspectos da vida de fé. 

Qual é a base da sabedoria, o que a sustenta? A convicção de que o inescrutável Deus da providência é o sábio e gracioso Deus da criação e da redenção. Podemos estar seguros de que o Deus criador deste mundo tão complexo e maravilhosamente ordenado, que tirou seu povo do Egito e mais tarde o redimiu do poder do pecado e de Satanás, sabe o que está fazendo, mesmo que no momento mantenha a mão oculta. Podemos confiar e nos regozijar nele, mesmo quando não pudermos discernir seus caminhos.

- Trecho tirado do Livro "O Conhecimento de Deus", de J. I. Packer.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Eis o Seu Deus

Observe a criação. Quem mediu as águas na concha da mão, ou com o palmo definiu os limites dos céus? Quem jamais calculou o peso da terra, ou pesou os montes na balança e as colinas nos seus pratos? Você é bastante sábio e poderoso para fazer coisas como essas? Mas eu, Deus, o sou, ou não teria de modo algum feito este mundo. Eis o seu Deus!

Agora observe as nações, as grandes forças nacionais à mercê de quem vocês acham que estão. Assíria, Egito, Babilônia — vocês têm medo dessas nações e se preocupam porque seus exércitos e recursos excedem muito ao que vocês possuem. Considerem, porém, como Deus se coloca em relação a essas forças poderosas tão temidas por vocês. Diante dele todas as nações são como nada; para ele são sem valor e menos que nada. Vocês tremem diante das nações porque são muito mais fracos que elas, mas Deus é tão maior que as nações que elas não são nada para ele. Eis o seu Deus! 

Agora observe o mundo. Considere seu tamanho, sua variedade e complexidade; pense nos mais de seis bilhões que o povoam e no vasto céu acima. Que figuras insignificantes você e eu somos em comparação ao planeta onde vivemos! Entretanto, que é todo este planeta em comparação com Deus? O mundo nos faz pequenos, mas Deus torna o mundo pequeno. Eis o seu Deus! 

Veja agora em quarto lugar as grandes personalidades do mundo — os governantes cujas leis e políticas determinam o bem-estar de milhões; os pretensos dominadores do mundo, os ditadores e os construtores de impérios que têm em si o poder de lançar o mundo todo em guerra. Você supõe que são essas grandes personalidades que determinam, de fato, o andamento do mundo? Pense outra vez, pois Deus é maior que todos os grandes homens do mundo. Ele é, como diz a versão inglesa do Livro de oração comum, "o único governador dos príncipes". Eis o seu Deus! 

Mas ainda não terminamos. Observe, finalmente, as estrelas. Uma das experiências mais impressionantes que a humanidade conhece é observar as estrelas, sozinho, em uma noite clara. Nada proporciona maior sensação de algo remoto e distante; nada mais nos faz sentir tão fortemente a própria pequenez e insignificância. Nós, que vivemos na era espacial, podemos acrescentar esta experiência universal ao conhecimento científico dos atuais fatores envolvidos — milhões de estrelas, bilhões de anos-luz de distância. Nossas idéias vacilam, nossa imaginação não pode compreender. Ao tentar conceber a insondável profundidade do espaço, ficamos mentalmente estarrecidos e confusos. 
Mas o que é isto para Deus? Deus mostra as estrelas; ele as colocou no espaço; é seu Criador e Senhor; elas estão em suas mãos, sujeitas a sua vontade. Tal é seu poder e sua majestade. Eis o seu Deus!

- Trecho tirado do Livro "O Conhecimento de Deus", de J. I. Packer.