Retalos de Tommy Tenney, em "Os Descobridores de Deus".
Embora minha filha mais nova tenha crescido demais para brincar de esconde-esconde, eu ainda consigo encontrar formas de beijá-la e de abraçá-la encontrando modos criativos de fazê-lo. Outro dia eu disse:
— Querida, venha fazer um carinho no papai.
Ela estava brincando com suas bonecas, mas rastejou até o meu colo e me deu um beijo. Quando tentou voltar à brincadeira, eu protestei:
— Não, venha aqui. Dê-me mais carinho — pedi. Para minha surpresa, ela disse-me:
— Esse é o problema com vocês pais.
— O que você quer dizer? — perguntei.
— Vocês sempre querem amor demais — respondeu.
Diante do que ela me disse, eu não pude deixar de pensar que esse também é o problema com o nosso Pai: Ele sempre quer amor demais. Nós lhe damos beijos superficiais nos domingos de manhã e corremos de volta aos nossos brinquedos religiosos e encontros dissimulados.
Como pai, vivo constantemente esforçando-me para receber só mais um abraço apertado ou um beijo das filhas que tanto amo. Acredito que nosso Pai Celeste faz o mesmo. O tempo todo Ele está dizendo: "Sinto saudades de você. Gostaria de receber mais beijos e abraços". Deus quer que nos demoremos mais em sua presença, mas isso é algo raro na maioria das igrejas modernas. Precisamos tomar cuidado, na igreja, para que a arrogância da nossa adolescência espiritual não nos roube a paixão infantil pela presença de Deus.
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