terça-feira, 24 de julho de 2012

O Amor de Nosso Pai Celestial


Retalos de Tommy Tenney, em "Os Descobridores de Deus".

Embora minha filha mais nova tenha crescido demais para brincar de esconde-esconde, eu ainda consigo encontrar for­mas de beijá-la e de abraçá-la encontran­do modos criativos de fazê-lo. Outro dia eu disse: 
— Querida, venha fazer um carinho no papai. 

Ela estava brincando com suas bonecas, mas rastejou até o meu colo e me deu um beijo. Quando tentou voltar à brincadeira, eu protestei: 

— Não, venha aqui. Dê-me mais carinho — pedi. Para minha surpresa, ela disse-me: 
— Esse é o problema com vocês pais. 
— O que você quer dizer? — perguntei. 
— Vocês sempre querem amor demais — respondeu. 

Diante do que ela me disse, eu não pude deixar de pensar que esse também é o problema com o nosso Pai: Ele sempre quer amor demais. Nós lhe damos beijos superficiais nos do­mingos de manhã e corremos de volta aos nossos brinquedos religiosos e encontros dissimulados. 


Como pai, vivo constantemente esforçando-me para re­ceber só mais um abraço apertado ou um beijo das filhas que tanto amo. Acredito que nosso Pai Celeste faz o mesmo. O tempo todo Ele está dizendo: "Sinto saudades de você. Gostaria de receber mais beijos e abraços". Deus quer que nos demoremos mais em sua presença, mas isso é algo raro na maioria das igrejas modernas. Precisa­mos tomar cuidado, na igreja, para que a arrogância da nossa adolescência espiritual não nos roube a paixão infantil pela pre­sença de Deus. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário