domingo, 15 de julho de 2012

Última Semana de Jesus na Terra

A natureza não deu nenhum indício de que a última semana de Jesus aqui na terra seria diferente das milhares anteriores ou posteriores a ela. O sol nasceu e se pôs como de costume. Os flocos de nuvens enfeitaram o céu. A relva continuou verdejante e os amentilhos dançaram ao sabor do vento.

A natureza sofreria grandes fenômenos antes do domingo. As pedras rolariam antes do domingo. O céu se cobriria de um manto negro antes do domingo. Mas de segunda a quinta-feira ninguém seria capaz de prever o que aconteceria. 

A semana não deixou entrever nenhum segredo. O povo não deu nenhum indício. Para a maioria das pessoas foi uma semana de preparativos; as festividades do fim de semana se aproximavam. Comprar alimentos. Arrumar a casa. No rosto do povo não havia sinal de que algo extraordinário aconteceria - porque ninguém sabia de nada, nem mesmo os próprios discípulos.

E, mais importante ainda, Jesus também não dá nenhum indício. Você haveria de pensar que os céus se abririam. Que as trombetas soariam. Que o próprio Deus desceria do céu para abençoar seu Filho. Mas Deus não faz nada disso. Permite que o momento extraordinário se revista do comum. Uma semana previsível. Nenhum fato espetacular. Nenhum terremoto. Nenhum vendaval.

Jesus poderia ter lançado mão de um espetáculo para atrair a atenção do povo. Por que não fez isso? Por que não os surpreendeu com algum milagre? Não apareceram anjos para proteger suas costas dos açoites. Não apareceu um capacete sagrado para proteger sua testa da coroa de espinhos. E mesmo quando ressurgiu, não fez exibições. Simplesmente saiu caminhando.

Você compreende o ponto principal?

Deus fala conosco em um mundo real. Não se comunica conosco por meio de mágicas. Não se comunica conosco por meio das estrelas do céu nem por meio de reencarnação de nossos antepassados.

Não fala conosco por meio de vozes no milharal nem por meio de um pequenino homem gordo de uma terra chamada Oz. Há o mesmo poder no Jesus de plástico que está no painel de seu automóvel quando no dado de espuma colocado sobre seu espelho retrovisor.

Não faz a mínima diferença se você nasceu sob o signo de Aquário ou Capricórnio ou se nasceu no dia em que Kennedy foi assassinado. Deus não é impostor. Não é um gênio mitológico. Não é um mágico nem um feiticeiro nem um espírito de além. Ele é o Criador do universo, está aqui no centro de nosso mundo e fala com você do balbuciar de um bebê e de estômagos famintos, e não por meio de horóscopos ou signos zodiacais.

Se você tiver uma visão sobrenatural ou ouvir uma voz estranha no meio da noite, não se deixe levar pela empolgação. Poderá ser Deus ou poderá ser uma indigestão, e você não vai querer confundir uma coisa com a outra.

Você também não deve deixar de compreender o impossível por estar à procura do inacreditável. Deus fala em nosso mundo. É preciso apenas aprender a ouvi-lo.

Ouça-o em meio aos fatos corriqueiros. Você precisa de uma prova do zelo de Deus? deixe que o nascer do sol de todos os dias proclame sua lealdade. Precisa de um exemplo do poder de Deus? Passe uma tarde estudando como seu organismo funciona. Gostaria de saber se a Palavra de Deus é confiável? Faça uma lista das profecias cumpridas na Bíblia e das promessas cumpridas em sua vida.

Na última semana, aqueles que exigiram milagres não receberam nenhum e deixaram de ver o principal. Deixaram de ver o momento em que a sepultura se transformou no trono de um Rei. Não cometa o mesmo erro.

- Trecho tirado do Livro "Quando os Anjos Silenciaram", de Max Lucado.

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