sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Mensagens Que Falam: Agosto 2012

"Se você não gosta do que está colhendo,
mude as suas sementes". 

- Desconhecido

"Graça: Ele conheceu o meu avesso,
visitou o porão de meus sentimentos,
idéias e comportamentos,
e continuou sem ter vergonha de mim."
- Desconhecido

"A felicidade não tem prioridade sobre a obediência."
 - Desconhecido

"Quem ouve, esquece.
Quem vê, lembra.
Quem faz, aprende". 

- Desconhecido

"Somos condenados
não pelas coisas depravadas que fizemos,
mas por não abandoná-las". 

– George McDonald.

"Quanto mais próximo você estiver de Cristo,
menos precisará promover a si mesmo".
- Rick Warren

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Alimento Para o Homem Interior

Desde que Deus ensinou-me essa questão, ficou muito claro para mim que a primeira coisa que um filho de Deus tem de fazer manhã após manhã é buscar o alimento para seu homem interior. 

Assim como o homem exterior não está preparado para trabalhar, por pouco tempo que seja, se não ingerirmos alimento, e como essa é uma das primeiras coisas que fazemos de manhã, também deve ser com o homem interior. 

Devemos ingerir alimento para ele, sem sombra de dúvida. E o que é o alimento para o homem interior? Não é a oração, mas a Palavra de Deus; e novamente não a simples leitura da Palavra de Deus, para simplesmente fazê-la passar por nossa mente como água que corre por um cano, mas pensando no que lemos, ponderando e aplicando ao nosso coração.

- George Mueller.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Contentamos-nos Com Muito Pouco

Todos os males do mundo advêm não porque nossos desejos de felicidade sejam fortes demais, mas porque são tão fracos que nos satisfazemos com prazeres passageiros que não atendem aos desejos profundos da nossa alma, mas acabam por destruí-la.

Como diz C. S. Lewis: Somos criaturas divididas, correndo atrás de álcool, sexo e ambições, desprezando a alegria infinita que se nos oferece, como uma criança ignorante que prefere continuar fazendo bolinhos de areia numa favela, porque não consegue imaginar o que significa um convite para passar as férias na praia. Contentamo-nos com muito pouco.

- Trecho do Livro "Em Busca de Deus", de John Piper.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Lepra Espiritual

"O pecado é como uma lepra espiritual.
Ele mata nossos sentidos espirituais de tal modo
que você pode rasgar sua alma e não sente nada".
- John Piper (Em Busca de Deus).

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Espada do Espírito


O objetivo número um de Satanás é destruir nossa alegria da fé. Mas nós temos uma arma ofensiva: a espada do Espírito, a Palavra de Deus. 

O que muitos cristãos deixam de entender é que não podemos puxar a espada da bainha de alguma outra pessoa. Se não a portamos, não poderemos brandi-la. 

Se a Palavra de Deus não habitar em nós , nós a procuraremos em vão quando o inimigo atacar. Mas se a levarmos conosco, se ela viver em nós, que guerreiros valentes podemos ser! 

"Eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno". -1 João 2.14.




- Trecho do Livro "Em Busca de Deus", de John Piper.

domingo, 26 de agosto de 2012

Autonegação


Então, Pedro começou a dizer-lhe: 
Eis que nós tudo deixamos e te seguimos.  
Tornou Jesus: Em verdade vos digo que ninguém há  
que tenha deixado casa,  ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, 
ou pai, ou filhos, ou campos 
por amor de mim e por  amor do evangelho, que não receba, 
já no presente, o cêntuplo de casas, irmãos,  irmãs, mães, 
filhos e campos, com perseguições; e, no mundo por vir, a vida eterna. 

Qual foi a atitude de Jesus diante do espírito "sacrificial" de Pedro? Pedro dissera: "Eis que nós tudo deixamos e te seguimos". Esse espírito de "autonegação" é elogiado por Jesus? Não, ele é repreendido. Jesus diz: "Ninguém jamais sacrifica alguma coisa por mim que eu não pague de volta multiplicado por cem — sim, em certo sentido ainda nesta vida, sem falar na vida eterna na era futura". A resposta de Jesus indica que a maneira de pensar na autonegação é negar a Si mesmo um bem menor em troca de um bem maior. Em outras palavras, Jesus quer que pensemos no sacrifício de um modo que exclui qualquer autopiedade. Realmente, é exatamente isso o que os textos sobre autonegação ensinam: 

Se alguém quer vir após mim, a Si mesmo se negue, 
tome a sua cruz e siga-me. 
Quem quiser, pois, salvar a sua vida perdê-la-á; 
e quem perder a vida por causa de 
mim e do evangelho salvá-la-á. (Mc 8.34, 35). 

Agostinho captou o paradoxo nestes termos: 

Se você ama a sua alma, você corre o perigo de ela ser destruída. 
Por isso você não deve amá-la, 
já que você não quer que ela seja destruída. 
Contudo, ao não querer que ela seja destruída, você a ama. 

Jesus sabia disso. Essa era a base do seu argumento. Ele não está nos pedindo que sejamos indiferentes quanto a sermos destruídos. Pelo contrário, ele presume que o próprio anseio por vida verdadeira nos fará negarmos a nós mesmos todos os prazeres e confortos menores da vida. Se fôssemos indiferentes ao valor do dom divino da vida, estaríamos desonrando-o. À medida do anseio por vida equivale à quantidade de conforto que você está disposto a entregar para tê-la. A dádiva da vida eterna na presença de Deus será glorificada se estivermos dispostos a "odiarmos nossa vida neste mundo" para tê-la. Nisso consiste o valor, centrado em Deus, da autonegação.

- Trecho do Livro "Em Busca de Deus", de John Piper.

sábado, 25 de agosto de 2012

E Se Não Houvesse Deus?

Uma das histórias que Richard Wurmbrand conta é sobre um abade cisterciense entrevistado pela televisão italiana. O entrevistador estava particularmente interessado na tradição cisterciense de viver em silêncio e isolamento. Por isso, perguntou ao abade: "E se, no fim da vida, o senhor viesse a descobrir que o ateísmo está certo, que não existe Deus? Diga me, e se isso fosse verdade?".

O abade replicou: "Santidade, silêncio e sacrifício são belos em si mesmos, mesmo sem promessa de recompensa. Se no final eu descobrisse que Deus não existe, eu ainda sim teria usado bem a minha vida".

Poucos vislumbres do sentido da vida tiveram um impacto maior sobre minhas contemplações do sofrimento do que esse. O primeiro impacto da resposta do abade era uma visão superficial e romântica da glória. Mas então alguma coisa ficou atravessada, como se não se encaixasse. Alguma coisa estava errada. A princípio não consegui definir o que era. Então eu voltei para o grande sofredor cristão, o apóstolo Paulo, e fiquei perplexo com o abismo que havia entre ele e o abade. A resposta de Paulo à pergunta do entrevistador foi totalmente oposta à do abade. 

O entrevistador perguntara: "E se ficar provado que seu estilo de vida está baseado em falsidade, e não há Deus?" A resposta do abade, em essência, foi: "De qualquer forma, foi uma vida boa e nobre". Já a resposta de Paulo foi bem diferente. Em I Coríntios 15.19 ele responde: "Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens"

Por que Paulo não concordou com o monge? Por que Paulo não disse: "Mesmo se Cristo não ressuscitou dos mortos, e mesmo se não existe Deus, uma vida de amor, trabalho, sacrifício e sofrimento é uma vida boa"?

Porque Paulo sabia que a vida que escolheu seria de dar pena se não houvesse ressurreição. Em outras palavras, o cristianismo, como Paulo o entende, não é a melhor maneira de elevar ao máximo o prazer, se esta vida é tudo o que existe. Paulo nos diz qual é a melhor maneira de tirar o máximo de prazer desta vida: "Se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos, que amanhã morreremos". - 1 Co 15.32.

O que Paulo quer dizer com a frase "comamos e bebamos" é que, sem a esperança da ressurreição, é melhor buscar os prazeres comuns e evitar sofrimento extraordinário. Essa foi a vida que Paulo rejeitou como cristão. Por isso, se os mortos não ressuscitam, e se não existe Deus no céu, ele não teria esmurrado o seu corpo como fez. Não teria rejeitado bons pagamentos por suas tendas, como fez. Não teria encarado tantas chicotadas e surras com varas. Não teria arriscado sua vida enfrentando ladrões, desertos, rios, cidades, mares e multidões zangadas. Não teria aceito noites sem dormir, frio e nudez. Não teria tolerado por tanto tempo cristãos desviados e hipócritas. 

Em lugar disso, ele teria simplesmente levado uma boa vida de conforto e tranqüilidade, como um judeu respeitável com as prerrogativas da cidadania romana.

Quando Paulo diz: "Se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos", ele não está dizendo: "Sejamos todos libertinos". O que ele tem em mente é uma vida normal, simples, confortável e comum de prazeres humanos que podemos ter sem nos incomodar com céu ou inferno, pecado ou santidade, Deus ou o diabo — se não existir ressurreição. E o que me deixa pasmo nessa linha de pensamento é que muitos que se dizem cristãos parecem buscar exatamente isso, e o chamam cristianismo.

Sim, havia alegria e um senso de profundo significado no sofrimento de Paulo. Mas a alegria existia somente por causa da esperança alegre que excedia o sofrimento. Isso é o que quer dizer Romanos 5.3-4: "Alegramo-nos nos sofrimentos, pois sabemos que os sofrimentos produzem a paciência, a paciência traz a aprovação de Deus, e esta aprovação cria esperança"

Portanto, existe alegria na aflição. Mas a alegria vem por causa da esperança que a própria aflição está ajudando a criar e aumentar. Por isso, se não existe esperança, Paulo seria tolo em abraçar essa aflição, e ainda mais tolo ao alegrar-se nela. Porém existe esperança. E, por isso, Paulo escolheu um estilo de vida que seria tolo e digno de pena sem a esperança da alegria além do túmulo.

- Trecho do Livro "Em Busca de Deus", de John Piper.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Planejando Uma Vida de Oração

Se eu não estiver tremendamente enganado, uma das principais razões por que tantos filhos de Deus não têm uma vida de oração significativa não se deve tanto a que não queremos, mas a que não planejamos. 

Se você quer tirar quatro semanas de férias, você não levanta simplesmente numa manhã de verão e diz: "Ei, é hoje que nós vamos!" Você não terá nada pronto. Você não saberá aonde ir. Nada foi planejado.

Mas é assim que muitos de nós tratam a oração. Levantamos dia após dia e constatamos que momentos significativos de oração deveriam fazer parte da nossa vida, mas as coisas nunca estão prontas. Não sabemos aonde ir. 

Nada foi planejado: nem o tempo, nem o lugar, nem o procedimento. E todos nós sabemos que o oposto do planejamento não é um fluir maravilhoso de experiências profundas e espontâneas em oração. O oposto de planejamento é rotina. 

Se você não planeja as férias, você provavelmente ficará em casa assistindo televisão. O fluir natural, não planejado da vida espiritual acompanha a maré mais baixa da vitalidade. Há uma corrida a correr e uma luta a encetar. Se você quer renovação em sua vida de oração, você tem de planejar para atingi-la.

Por isso, minha exortação simples é essa: separe tempo ainda hoje para repensar suas prioridades e onde a oração se encaixa. Tome alguma decisão nova. Tente uma nova aventura com Deus. Determine o período. Defina o lugar. Escolha um trecho da Bíblia para guiá-lo. Não se deixe tiranizar pela pressão das ocupações do dia-a-dia. Todos nós necessitamos de correções de rota no meio do caminho. Faça desse dia um dia de retorno à oração — pela glória de Deus e pela plenitude da sua alegria.

- Trecho do Livro "Em Busca de Deus", de John Piper.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Mensagens Que Falam: Em Busca de Deus

Glorificar a Deus não significa torná-lo mais glorioso. Significa reconhecer sua glória, valorizá-la acima de todas as coisas e fazê-la conhecida. Implica gratidão de coração.

Todas as pessoas buscam a felicidade. Não há exceção para isso. Sejam quais forem os meios diferentes que empreguem, todos objetivam esse alvo. A razão de alguns irem à guerra, e de outros a evitarem, é o mesmo desejo em ambos, visto de perspectivas diferentes. A vontade nunca dará o último passo em outra direção. Esse é o motivo de cada ação de todo ser humano, mesmo dos que se enforcam. - Blaise Pascal

O homem já teve a verdadeira felicidade, da qual agora resta nele apenas o sinal e o espaço vazio, que ele tenta em vão preencher com as coisas ao seu redor, procurando em coisas ausentes a ajuda que não obtém nas coisas presentes. Essas, porém, são todas incapazes, porque o abismo infinito pode ser preenchido somente por um objeto infinito e imutável, ou seja, apenas pelo próprio Deus. - Blaise Pascal.

Nenhum de nós tem confiado em Deus como deveríamos. 
Ninguém sentiu a profundidade e a coerência da gratidão que lhe devemos. 
Ninguém obedeceu a ele segundo sua sabedoria e direito. 
Trocamos e desonramos sua glória vez após vez. 
Confiamos em nós mesmos. 
Aceitamos créditos pelas dádivas dele. 
Desviamo-nos do caminho dos seus mandamentos porque achamos que sabemos melhor.

O que há de novo em um convertido ao cristianismo é o novo gosto espiritual pela glória de Cristo.

Adorar é uma maneira alegre de refletir de volta para Deus o brilho do seu valor. Não é um mero ato de vontade, pelo qual executamos ações externas. Sem a participação do coração, não adoramos de verdade. O envolvimento do coração na adoração é o despertamento de sentimentos, emoções e afetos do coração. Onde os sentimentos por Deus estão mortos, a adoração está morta.

Amar custa caro. O amor sempre inclui algum tipo de autonegação. Ele com freqüência exige sofrimento. Mas o prazer cristão insiste em que o lucro supera a dor. Ele afirma que há raros e maravilhosos espécimes de alegria que florescem apenas no ambiente chuvoso do sofrimento. "A alma não teria arco-íris se o olho não tivesse lágrimas.

Separação de Jesus significa tristeza. Restauração à comunhão significa alegria. Com isso aprendemos que nenhum cristão pode ter alegria completa sem comunhão vital com Jesus Cristo. Conhecimento sobre ele não basta. Trabalhar para ele não basta. Precisamos ter comunhão pessoal, vital com ele; de outra forma, o cristianismo torna-se um peso desanimador.

Amor é fruto do Espírito, e o Espírito é dado em resposta à oração. 
Amor é produto da fé, e a fé é mantida pela oração. 
O amor está ancorado na esperança, e a esperança é mantida pela oração. 
O amor é guiado e inspirado pelo conhecimento da Palavra de Deus, 
e a oração abre os olhos do coração para as maravilhas da Palavra. 
Se o amor é o caminho da alegria completa, 
então oremos pelo poder de amar, "para que a nossa alegria seja completa"!

Se você ama a sua alma, você corre o perigo de ela ser destruída. Por isso você não deve amá-la, já que você não quer que ela seja destruída. Contudo, ao não querer que ela seja destruída, você a ama. - Agostinho.

O propósito universal de Deus para todo sofrimento humano é que as pessoas estejam mais contentes com Deus e menos satisfeitas consigo mesmas e com o mundo.

Não é tolo quem entrega o que não pode reter para ganhar o que não pode perder. - Jim Elliot.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Gringoire e a Cigana Esmeralda


- Não me quereis para marido?
- não - a cigana o fitou, friamente.
- E para amigo? - Gringoire olhou para ela que, depois de refletir um pouco, respondeu:
- Talvez.
- Sabeis o que é a amizade? - perguntou ele.
- Sei - disse a Cigana. - É como ser irmão e irmã.
- E o amor? - indagou Gringoire.
- Bem, o amor... - disse ela com os olhos faiscantes - É ser dois e ser um só. Um homem e uma mulher que se fundem num anjo. É o céu.
- Que devo fazer para vos agradar? insistiu Gringoire.
- É preciso ser homem.

- Trecho do Livro "O Corcunda de Notre Dame", de Victor Hugo.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Religião Divina e Humana

"Há a religião divina e as religiões humanas.
A divina é a religião do 'alto para baixo'.
Nela Deus faz. Ele oferece ao homem a graça salvadora,
por reconhecer a incapacidade humana
de produzir obras de justiça.
A religião divina é o plano de Deus para salvar o homem caído.
As religiões humanas são 'de baixo para cima'.
Nelas o homem faz.
Ele oferece a Deus o produto do seu esforço..."
- Abraão de Almeida.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Como Você Tem Usado o Seu Tempo?

Um dos grandes problemas que enfrentamos no processo de santificação diz respeito ao uso de nosso tempo. Façamos uma contabilidade de um dia qualquer. 

Cada um de nós, rico ou pobre, tem 24 horas por dia. O mendigo, o papa ou o presidente dos Estados Unidos, todos dispõem do mesmo tempo. Dessas 24 horas, o normal é dormir entre 6 e 8 horas. Digamos que alguém dormiu 8 horas. Sobraram 16 horas desse dia. Dessas 16 horas consideremos que entre tomar banho, escovar os dentes, almoçar, satisfazer, enfim, às necessidades básicas, vão-se outras 2 horas. 

Sobram 14 horas. Destas 14 horas, geralmente trabalha-se 8 horas. Sobram 6 horas. Mas ninguém vai para o trabalho a jato, principalmente nas grandes cidades. Consideremos que se perdem 2 horas no trânsito. Sobram 4 horas. Gasta-se pelo menos uma hora lendo o jornal, jogando conversa fora, papeando com alguém, atendendo o telefone. Sobram 3 horas. Destas 3 horas quanto tempo é gasto meditando nos valores espirituais? Não me refiro a um pensamento fortuito sobre os assuntos eternos. Quanto tempo efetivo, das 3 horas finais que sobram, são dedicados aos valores eternos? 

Vejam que das 24 horas gastamos 21 horas com atividades absolutamente terrenas. Sem nenhuma depreciação da expressão "terrena". 

O problema é que o foco não se dirige a valores espirituais. Depois, na igreja, cansados de uma semana intensa, sem investir sequer dez minutos do tempo pensando no que é eterno, participamos do culto, e concluímos: "Não sei. Tenho uma dificuldade enorme de entender e me concentrar quando o assunto é espiritual. Por que será? Leio revistas semanais com extrema facilidade. Quando pretendo ler a Bíblia, acho difícil. Por que, pastor?" 

Ora, o que se pode esperar? Alguns chegam a ficar semanas, meses, sem dispor de cinco minutos para se concentrar nos assuntos espirituais. Não podem, em um culto, recuperar sua sensibilidade espiritual.

- Trecho do Livro "É Proibido...", de Ricardo Gondim.

domingo, 19 de agosto de 2012

O Processo da Santificação

Santidade, assim como a felicidade, não acontece por uma decisão nossa. Ninguém é feliz só por querer ser feliz. Afirmar: "De hoje em diante eu vou ser feliz" é uma declaração inócua. Felicidade é decorrente de atitudes que você toma em sua vida. 

Semelhantemente, santidade não acontece porque a pessoa se programou e se disciplinou: "Eu sou espartano no meu procedimento. Eu sou disciplinado. No dia em que disse que ia deixar de fumar, deixei. No dia em que disse que ia fazer regime, fiz regime e emagreci vários quilos. Eu tenho força de vontade: vou ser santo". Não vai. E impossível, porque a santidade não acontece como um ato de nossa própria vontade. 

Estamos incapacitados pelo pecado. O progresso de nossa vida espiritual acontece como desdobramento da ação do Espírito Santo, que nos coloca a caminho do modelo, que é Jesus. Quando andamos no Espírito, somos secretamente abençoados por Deus. Nossa natureza vai sendo moldada por ele e vamos nos aperfeiçoando, modificando, transformando. Muitas vezes, esse processo se dá sem que estejamos conscientes do que ocorre. E uma operação interna, secreta. Vejamos como isso acontece. 

Em primeiro lugar, santificação é decorrente de um convívio com Deus. Somos admoestados em Gálatas 5:16: "Digo, porém: Andai no Espírito, e jamais satisfareis à concupiscência da carne". A repercussão de andar no Espírito é vencer a carne. Dimensões da vida que nos atraíam com um tremendo magnetismo vão perdendo a força. Subitamente nos perguntamos: "Mas como é que eu deixei de gostar daquela coisa de que eu não conseguia me desvencilhar?" Eis o resultado na vida de quem anda com Deus, no Espírito. 

Em segundo lugar, santificação é fruto de nossa compreensão da luz que recebemos. Luz espiritual é essencial para sermos santos. Sem compreensão da verdade pelo Espírito Santo é impossível haver santidade. Quanto mais luz brilhar sobre nós e quanto mais o nosso entendimento for ampliado pela verdade da Palavra de Deus, mais capacidade teremos de andar em santidade diante dele. Estudar a Bíblia, lê-la meditar em seus ensinos constitui-se em condição essencial para sermos santos. 

Em terceiro lugar, santificação acontece como fruto da atuação do Espírito Santo, nos transformando de uma maneira sobrenatural. Santificação vem como relacionamento, como compreensão das Escrituras e também pela atuação sobrenatural do Espírito de Deus em nós. Ele transforma os filhos de Deus de uma maneira sobrenatural. 

Em quarto lugar, santificação acontece como resultado de um processo de entrega e rendição contínua diante de Deus. Se quisermos ser realmente santos tudo o que temos que aprender é dispor nossa vida para que Deus faça o que ele deseja. Só. Nossa oração de santificação deve consistir em: "Senhor, aqui está a minha vida, para que tu operes em mim, com o mesmo poder com que ressuscitaste a Cristo dentre os mortos". Pronto! Essa oração será atendida por Deus e ele fará em nós o que lhe convier. 

Coloque Deus como a porção da sua vida e você naturalmente guardará as palavras dele. Quando Deus for verdadeiramente sua maior riqueza, você caminhará guiado pelos princípios dele. Basta isso. Faça do Senhor sua porção, o resto será conseqüência. Você andará com Deus, viverá com ele e fará a sua vontade.

- Trecho do Livro "É Proibidio...", de Ricardo Gondim.

sábado, 18 de agosto de 2012

O Que é Santidade?

O que é santidade? Novamente deve-se insistir: não é obedecer a regras. Santidade consiste em absorver os valores dignos de outra pessoa. Quando andamos com alguém, especialmente alguém que amamos e admiramos, é normal que comecemos a absorver os valores daquela pessoa: assumimos seus trejeitos, sua maneira de falar, de se comportar, de agir. Isso acontece muito entre os adolescentes: se dois adolescentes andam juntos, o que tem a personalidade mais fraca vai assumindo o jeito do que tem a personalidade mais forte. 


Os namorados, casados e companheiros de longas datas também demonstram essa verdade. Ora, ninguém tem uma personalidade mais forte do que a de Jesus: se nós o amamos e admiramos, e andamos com ele, é simplesmente normal que comecemos a absorver os seus valores. À medida que gastamos tempo com Jesus, os seus valores santos vão sendo incorporados a nós, e passam a fazer parte de nossa natureza: isto é santidade. 

Observe que falar de santificação e de santidade não significa cobrar das pessoas: "Irmãos, vamos ser santos: vamos jogar a televisão fora, vamos rasgar as revistas, vamos parar de ler Manchete, Capricho, parar de assistir Ratinho, parar de jogar no bicho, não pode mais ir à praia nem ao campo de futebol, etc." Porque se for assim haverá sempre o perigo de a pessoa dizer: "Pronto, deixei tudo isso - e agora? Sou santo?" Não! Você é "religiosamente bem trabalhado", mas não santo. Porque santo não é você deixar de fazer certas e determinadas coisas. Ser santo é absorver os valores da pessoa que você mais ama e admira: Jesus! 

Se eu amar a Deus de verdade, se o meu coração for puro diante dele, os defeitos que tenho em minha mente, meus desejos e meus pensamentos serão eliminados ou esclarecidos, a seu tempo. O que Deus espera de mim não é que eu tenha uma mente absolutamente disciplinada, que nunca pense algo errado, que seja total e perfeitamente certa — assim eu seria Deus. O que é que Deus espera de mim? 

"Quero que você ande comigo de todo o seu coração. Se eu tiver o seu coração e o seu amor, as imperfeições mentais e as falhas no seu caráter não precisam ser motivo de preocupação — a seu tempo tudo isso será corrigido, isso tudo vai ser cuidado, vai dar certo, você vai crescer..." 

Você não tem que ser perfeito. 
Faça apenas o melhor que puder e Deus o aceitará como você é. 

Santidade não é, portanto, perfeição absoluta, pois esta pertence unicamente Ele. Deus não quer de nós uma perfeição angelical, mas a santidade é possível mesmo com nossa humanidade. Deus deseja apenas o nosso melhor, que pode não se comparar ao melhor dos anjos, nem ao melhor dos santos, mas, se for o meu tudo, será o suficiente para agradar a Deus. 

"Senhor, o meu melhor, comparado ao do Pr. fulano de tal, é tão fraquinho..." Mas Deus responde: "Não, eu não estou querendo comparar você ao Pr. Fulano de Tal. Eu quero o seu melhor. Isto é o melhor que você tem?" "É, Senhor, mas o meu melhor, tu sabes, ainda está todo cheio de remendos..." "Não interessa." "É o melhor?" "Sim, é o meu tudo". "Então basta". 

Não é necessário que nos preocupemos em saber se o nosso melhor é igual ao melhor de Santo Antônio, nem de São Benedito, nem de Santa Ângela, nem do São Miguel. Basta entregarmos o que temos. É o suficiente.

- Trecho do Livro "É Proibido", de Ricardo Gondim.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Aprenda a Descansar a Cada Dia

Trabalhamos desesperadamente para comprar objetos e quinquilharias que a propaganda nos faz pensar que precisamos. Não temos tempo para ler, ouvir música ou meditar porque precisamos de mais dinheiro para comprar roupas e impressionar gente de que não gostamos. 

Vivemos sob constante estresse porque aprendemos desde nossa infância que as pessoas bem-sucedidas devem dirigir um certo tipo de carro, viajar a determinados lugares e conviver com gente de projeção. Perdemos os nossos ideais, frustramos nossas vocações e desrespeitamos os nossos princípios para podermos nos ajustar a essas expectativas. 

Infelizmente o mesmo acontece no meio religioso. Passamos a exigir dos outros e de nós mesmos um comportamento que visa apenas agradar as pessoas que nos rodeiam ou preencher as expectativas que nos foram impostas por nossa cultura religiosa. Uma cultura de desempenhos e não da graça. 

Deus não exige que o amemos com a força dos anjos ou com o denodo de Paulo. Não há qualquer pressão divina para que minha fé se iguale à de Elias. Deus quer que eu o ame de todo o meu coração, de toda minha mente e de todas as minhas forças. O que sou e o que tenho pode não ser muito, mas, se eu entregar a ele, será suficiente. Não há necessidade de me tensionar a ir além de minha capacidade para, no fim de tudo, terminar ansioso e frustrado. Deus não quer isso de mim. 

Muitas vezes não descansamos porque estamos querendo superar as expectativas das pessoas, e quanto mais corremos mais nos vemos incapazes. Assim como Deus descansou no sábado, não porque estivesse cansado mas porque estava satisfeito com a sua criação - que depois do homem era muito boa -, devemos também aprender a deitar nossa cabeça no travesseiro e descansar a cada dia com a convicção de que, se não conseguimos ser os mais ricos, os mais inteligentes e os mais espirituais, fomos tudo o que podíamos ser. 

"Eis o que eu vi: boa e bela coisa é comer e beber, e gozar cada um do bem de todo o seu trabalho, com que se afadigou debaixo do sol, durante os poucos dias da vida que Deus lhe deu; porque esta é a sua porção". (Ec 5:18)

- Trecho do Livro "É Proibido", de Ricardo Gondim.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Atividade Mais Espiritual

Se perguntássemos em muitas igrejas qual atividade é mais espiritual: jogar bola ou orar, evangelizar ou celebrar um aniversário? Se perguntássemos o lugar mais sagrado: a igreja ou a sala de nossa casa? Uma piscina ou um batistério? Muitos responderiam com certeza que é mais espiritual orar e evangelizar. Que o templo e o batistério são mais sagrados. Será? 

As Sagradas Escrituras não afirmam que devamos considerar algumas atividades mais espirituais que outras. Ou que haja espaços mais santos que outros – lembremo-nos de que Deus não habita em templos feitos por mãos humanas. O apóstolo Paulo, pelo contrário, ensina que em toda nossa vida, quer comamos, bebamos, ou façamos qualquer outra coisa, devemos fazer tudo para a glória de Deus. A sacralidade de um espaço físico é determinada pelas pessoas e suas atitudes naquele lugar. O lugar em si não é puro ou impuro. Para o cristão, todas as experiências são igualmente espirituais, quando vividas em integridade diante de Deus. O que determina ou não a validade de nossas ações ou dos espaços que freqüentamos é como escolhemos vivê-las ou viver nelas

- Trecho do Livro "É Proibido...", de Ricardo Gondim.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Como Sal e Luz

O desafio do verdadeiro cristão não consiste em esconder-se dos perigos do mundo como um caramujo, mas em saber conviver entre pecadores como sal e como luz. 

Jesus jamais se furtou de comparecer a atividades sociais promovidas por pessoas comuns. Nunca tentou isolar seus discípulos em mosteiros para que eles se mantivessem imunes às tentações. Pelo contrário, lançou-os num mundo hostil, em que teriam de demonstrar uma fé forte o suficiente para influenciarem e não serem influenciados. 

Ele próprio não temia comer, beber e conviver com pessoas espiritualmente desqualificadas. Quando Jesus comparecia a festas, como a das bodas de Caná, ele partilhava do mesmo ambiente que os pecadores. Entretanto, não legitimava o comportamento das pessoas e tampouco se tornava cúmplice dos atos que elas praticavam.

A vida cristã compõe-se exatamente desse desafio: viver no mesmo ambiente em que vivem outros pecadores, sem contudo participar de seus pecados. É aí que surge a necessidade de um espírito crítico, resultado de maturidade cristã, para a seleção de quais ambientes devemos ou não frequentar. Quando Jesus ordenou que fôssemos a luz do mundo e o sal da terra, ele referia-se exatamente a esse desafio de convivermos onde há trevas e imundície sem nos deixarmos contaminar.

- Trecho do Livro "É proibido...", de Ricardo Gondim.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

1000 Desculpas

Se Abraão era velho demais.
Se Isaque era sonhador demais.
Se Jacó era trapaceiro.
Se Moisés era gago.
Se Gideão tinha medo.

Se Sansão era mulherengo.
Se Raabe era prostituta.
Se Jeremias era jovem demais.
Se Davi foi adúltero e assassino.
Se Isaías tinha lábios impuros e pregou nu.
Se Jonas fugiu de Deus.

Se Noemi era viúva e desamparada.
Se Jó perdeu tudo o que tinha.
Se João Batista era esquisito.
Se Pedro negou a Cristo.
Se os discípulos duvidaram da ressurreição.

Se Marta se preocupava demais.
Se Maria Madalena tinha sido possessa e prostituta.
Se a mulher samaritana tinha se divorciado muitas vezes.
Se Timóteo tinha doença.
Se Paulo já tinha matado crente.
Se Lázaro já tinha sido morto...

...Como é que você tem coragem de dar alguma desculpa para Deus não te usar?

- Pastor Lucinho.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Por que Deus Está Demorando Tanto?

Por que Deus está aterrissando disfarçado neste mundo ocupado pelo inimigo e dando início a uma espécie de sociedade secreta para solapar o diabo? Por que não está aterrissando com força, invadindo-o? Será que não é suficientemente forte? 

Bem, os cristãos pensam que Ele vai aterrissar com força; não sabemos quando. Mas podemos imaginar por que está demorando: quer dar-nos a oportu­nidade de nos juntarmos a Ele livremente [...] 

Deus vai invadir. Mas fico imaginando se as pessoas que pedem que Deus interfira abertamente em nosso mundo entendem bem como será quando o fizer. Quando isso acontecer, será o fim do mundo. Quando o autor caminha pelo palco, a peça acabou.

- C. S. Lewis.

domingo, 12 de agosto de 2012

Carta à Um Crítico

"Não julguem os santos ideais de Deus
pela minha incapacidade de alcançá-los.
Não julguem Cristo por aqueles de nós
que  imperfeitamente usam o seu nome".
"Você prega muito bem, mas executa o que prega?"

Essa é a mais natural das perguntas, que sempre me fazem; geralmente é feita de maneira vitoriosa, como se fosse um meio de fechar a minha boca. "Você prega, mas como você vive?" Eu respondo que não prego, que não sou capaz de pregar, embora o deseje apaixonadamente. Só posso pregar pelas minhas ações, e minhas ações são vis. Eu respondo que sou culpado, e vil, e digno de desprezo pelo meu fracasso em vivê-los. 

É verdade que não tenho cumprido a milésima parte deles, e tenho vergonha disso, mas deixei de cumpri-los não porque não quisesse, mas porque não fui capaz. Ensine-me a escapar da rede das tentações que me rodeiam, ajude-me e os cumprirei; mesmo sem ajuda quero e espero cumpri-los.

"Ataque-me, eu mesmo o faço, mas ataque-me em vez de atacar o caminho que sigo e que aponto a qualquer um que me pergunta onde acho que ele se encontra. Se conheço o caminho para casa e estou andando por ele como um bêbado, ele não deixa de ser o caminho certo apenas porque estou cambaleando de um lado para outro! Se não é o caminho certo, então me mostre outro caminho; mas se cambaleio e perco o caminho, você deve ajudar-me, você deve manter-me no caminho verdadeiro, exatamente como estou pronto a apoiar você.

Não me desencaminhe, não se alegre porque me perdi, não grite de alegria: "Vejam-no! Ele disse que está indo para casa, mas ali está ele rastejando em um atoleiro". Não, não se regozije com o meu erro, mas me dê a sua ajuda e o seu apoio. 

- Leon Tolstoi. 

sábado, 11 de agosto de 2012

O Sermão do Monte

Durante  anos pensei que o sermão do monte fosse um modelo para o comportamento humano que ninguém conseguiria seguir. Lendo-o de novo, descobri que Jesus pronunciou essas palavras não para nos sobrecarregar, mas para nos dizer como Deus é. O caráter de Deus é a matriz do sermão do monte. 

Por que deveríamos amar os nossos inimigos? Porque o Pai clemente faz o seu  sol nascer sobre maus e bons. Por que ser perfeito? Porque Deus é perfeito. Por que acumular tesouros no céu? Porque o Pai vive lá e vai nos recompensar prodigamente. Por que viver sem medo e sem preocupação? Porque o mesmo Deus que veste os lírios e a vegetação do campo também prometeu cuidar de nós. Por que orar? Se um pai terrestre dá pão e peixe ao filho, quanto mais o Pai no céu dará boas dádivas àqueles que lhe pedirem.

Como poderia não ter percebido isso? Jesus não proclamou o sermão do monte para que nós vincássemos a testa em desespero por não conseguirmos alcançar a perfeição. Ele o deu para nos transmitir o ideal de Deus para o qual não devemos nunca parar de avançar, mas também para nos mostrar que nenhum de nós jamais atingirá esse ideal. 

O sermão do monte nos força a reconhecer a grande distância entre Deus e nós, e qualquer tentativa de reduzir essa distância de alguma forma moderando suas exigências nos faz erras o alvo completamente. 

A pior tragédia seria transformar o sermão do monte em outra forma de legalismo, ele deveria, antes, acabar com todo o legalismo. O legalismo, como os fariseus, vai sempre falhar, não porque seja severo demais, mas porque não é suficientemente severo. 

Trovejando, o sermão do monte prova indiscutivelmente que diante de Deus todos estão no mesmo nível: assassinos e "pavios-curtos", adúlteros e concupiscentes, ladrões e cobiçosos. Todos estamos desesperados, e esse é de fato o único estado apropriado para um ser humano que deseja conhecer a Deus. 

Tendo-se afastado do ideal absoluto, não temos onde aterrissar, a não ser na segurança da graça absoluta.

Trecho do Livro "O Jesus Que Eu Nunca Conheci", de Philip Yancey.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Mensagens Que Falam: O Jesus Que eu Nunca Conheci

Busco um indício que pudesse explicar por que Jesus fez um grupo (o dos pecadores) se sentir tão à vontade e o outro grupo (o dos piedosos) se sentir tão desconfortável. Encontro essa pista em outra cena dos evangelhos que reúne os fariseus e uma pecadora flagrante simultaneamente... 
Ele traz à tona o pecado reprimido, mas perdoa todo pecado francamente reconhecido.

Os fariseus criam que tocar em uma pessoa impura poluía quem a tocava. Mas, quando Jesus tocava numa pessoa com lepra, ele não se contaminava — o leproso se tornava puro. Quando uma mulher imoral lavou os pés de Jesus, ela se afastou perdoada e transformada. Quando ele desafiou os costumes entrando na casa de um pagão, o servo do pagão foi curado.

O contágio da santidade sobrepuja o contágio da impureza.

Nem mesmo Deus, com todo o seu poder, pode forçar um ser humano a amar.

A oração, descobri, não funciona como uma máquina de vender: insira o pedido, receba a resposta. Os milagres são exatamente isso, milagres, não “coisas comuns” na experiência diária.

Embora a fé possa produzir milagres, milagres não produzem necessariamente a fé.

Jesus nunca encontrou enfermidade que não pudesse curar, defeito de nascença que não pudesse reverter, demônio que não pudesse exorcizar. Mas encontrou céticos que não pôde convencer e pecadores que não pôde converter. O perdão de pecados exige um ato de vontade da parte de quem recebe, e alguns que ouviram as palavras mais incisivas de Jesus sobre graça e perdão afastaram-se sem arrependimento. 

Quando Jesus vivia na terra fez os cegos verem e os aleijados andarem; ele vai voltar para governar num reino que não terá enfermidades nem incapacidades. Na terra ele morreu e ressuscitou; na sua volta, a morte não existirá mais. Na terra ele expulsou demônios; na sua volta, ele destruirá o maligno. Na terra ele veio como um bebê nascido numa manjedoura; ele vai voltar na figura deslumbrante descrita no livro do Apocalipse. O reino que ele iniciou na terra não foi o fim, apenas o começo do fim.

Deus designou os pobres como seus “cobradores”. Uma vez que não podemos expressar nosso amor fazendo alguma coisa que beneficie a Deus diretamente, Deus quer que façamos alguma coisa proveitosa para os pobres, que têm a incumbência de receber o amor dos cristãos.

Por que Deus está aterrissando disfarçado neste mundo ocupado pelo inimigo e dando início a uma espécie de sociedade secreta para solapar o diabo? Por que não está aterrissando com força, invadindo-o? Será que não é suficientemente forte? Bem, os cristãos pensam que Ele vai aterrissar com força; não sabemos quando. Mas podemos imaginar por que está demorando: quer dar-nos a oportu­nidade de nos juntarmos a Ele livremente [...] Deus vai invadir. Mas fico imaginando se as pessoas que pedem que Deus interfira abertamente em nosso mundo entendem bem como será quando o fizer. Quando isso acontecer, será o fim do mundo. Quando o autor caminha pelo palco, a peça acabou. – C. S. Lewis

- Trechos do Livro "O Jesus Que eu Nunca Conheci", de Philip Yancey.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

O orgulho

"Talvez não exista nenhuma paixão natural
tão dura de subjugar quanto o orgulho.
Disfarce-o. Lute contra ele. Sufoque-o.
Mortifique-o quanto quiser.
Ele continua vivo, e vai de vez em quando espiar e aparecer...
Mesmo se eu pudesse imaginar que já o venci,
 provavelmente ficaria orgulhoso de minha humildade."
- Philip Yancey (Maravilhosa Graça).

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Esquisitos

"Todos nós somos esquisitos.
Mas Deus nos ama mesmo assim".
- Philip Yancey (Maravilhosa Graça).

terça-feira, 7 de agosto de 2012

A Experiência de Mark Twain

"Mark Twain costumava dizer que havia colocado
um cachorro e um gato juntos em uma gaiola como
 uma experiência para ver como eles conviveriam. Eles conviveram! 
Então ele colocou um pássaro, um porco, uma cabra.
 Eles também se deram bem depois de alguns poucos ajustes.
Então ele colocou um batista, um presbiteriano e um católico;
logo não sobrou nenhum com vida."
- Philip Yancey (Maravilhosa Graça).

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Diferenças Que Não Fazem a Menor Diferença

Certa vez li que, proporcionalmente, a superfície da terra é mais lisa do que uma bola de bilhar. As alturas do Monte Evereste e as profundezas do Oceano Pacífico são muito impressionante para aqueles que vivem neste planeta. Mas vistas de Andrômedas ou Marte por exemplo, essas diferenças não fazem a menor diferença.

É assim que vejo as mesquinhas diferenças comportamentais entre um grupo cristão e outro. Comparadas com um Deus Santo e Perfeito, o mais elevado Evereste de regras não passa de um montículo de terra. Você não pode obter a aceitação de Deus escalando; tem de recebê-la como um presente.

- Trecho do Livro "Maravilhosa Graça", de Philip Yancey.

domingo, 5 de agosto de 2012

O Perdão

"Eu perdôo você! Mas, mesmo quando digo essas palavras,
meu coração continua zangado ou ressentido.
Ainda quero ouvir a história que me diz que
eu estava certo, afinal de contas;
ainda quero ouvir pedidos de desculpas e justificativas;
ainda quero ter a satisfação de receber algum louvor em troca
- pelo menos o louvor de ser tão perdoador!
O perdão de Deus, contudo, é incondicional; ele vem de um coração que não exige nada para si mesmo, um coração que está completamente vazio de interesses próprios. É o perdão divino que tenho de praticar em minha vida diária. Ele me convoca para continuar passando por cima de todos os meus argumentos que dizem que o perdão é loucura, doentio e implacável.

Ele me desafia a passar por cima de toda a minha necessidade de gratidão e elogios. Finalmente, ele exige de mim que eu passe por cima daquela parte ferida do meu coração que se sente machucada e maltratada e que deseja ficar no controle e colocar algumas condições entre mim e a pessoa a qual sou solicitado a perdoar. 

- Trecho do Livro "Maravilhosa Graça", de Philip Yancey.

sábado, 4 de agosto de 2012

Graça de Deus

Graça significa que não há nada que possamos fazer para Deus nos amar mais — nenhuma quantidade de renúncia, nenhuma quantidade de conhecimento recebido em seminários e faculdades de teologia, nenhuma quantidade de cruzadas em benefício de causas justas. 

E a graça significa que não há nada que possamos fazer para Deus nos amar menos — nenhuma quantidade de racismo ou orgulho, pornografia ou adultério, ou até mesmo homicídio. A graça significa que Deus já nos ama tanto quanto é possível um Deus infinito nos amar.

- Trecho do Livro "Maravilhosa Graça", de Philip Yancey.