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terça-feira, 21 de agosto de 2012

Religião Divina e Humana

"Há a religião divina e as religiões humanas.
A divina é a religião do 'alto para baixo'.
Nela Deus faz. Ele oferece ao homem a graça salvadora,
por reconhecer a incapacidade humana
de produzir obras de justiça.
A religião divina é o plano de Deus para salvar o homem caído.
As religiões humanas são 'de baixo para cima'.
Nelas o homem faz.
Ele oferece a Deus o produto do seu esforço..."
- Abraão de Almeida.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Como Você Tem Usado o Seu Tempo?

Um dos grandes problemas que enfrentamos no processo de santificação diz respeito ao uso de nosso tempo. Façamos uma contabilidade de um dia qualquer. 

Cada um de nós, rico ou pobre, tem 24 horas por dia. O mendigo, o papa ou o presidente dos Estados Unidos, todos dispõem do mesmo tempo. Dessas 24 horas, o normal é dormir entre 6 e 8 horas. Digamos que alguém dormiu 8 horas. Sobraram 16 horas desse dia. Dessas 16 horas consideremos que entre tomar banho, escovar os dentes, almoçar, satisfazer, enfim, às necessidades básicas, vão-se outras 2 horas. 

Sobram 14 horas. Destas 14 horas, geralmente trabalha-se 8 horas. Sobram 6 horas. Mas ninguém vai para o trabalho a jato, principalmente nas grandes cidades. Consideremos que se perdem 2 horas no trânsito. Sobram 4 horas. Gasta-se pelo menos uma hora lendo o jornal, jogando conversa fora, papeando com alguém, atendendo o telefone. Sobram 3 horas. Destas 3 horas quanto tempo é gasto meditando nos valores espirituais? Não me refiro a um pensamento fortuito sobre os assuntos eternos. Quanto tempo efetivo, das 3 horas finais que sobram, são dedicados aos valores eternos? 

Vejam que das 24 horas gastamos 21 horas com atividades absolutamente terrenas. Sem nenhuma depreciação da expressão "terrena". 

O problema é que o foco não se dirige a valores espirituais. Depois, na igreja, cansados de uma semana intensa, sem investir sequer dez minutos do tempo pensando no que é eterno, participamos do culto, e concluímos: "Não sei. Tenho uma dificuldade enorme de entender e me concentrar quando o assunto é espiritual. Por que será? Leio revistas semanais com extrema facilidade. Quando pretendo ler a Bíblia, acho difícil. Por que, pastor?" 

Ora, o que se pode esperar? Alguns chegam a ficar semanas, meses, sem dispor de cinco minutos para se concentrar nos assuntos espirituais. Não podem, em um culto, recuperar sua sensibilidade espiritual.

- Trecho do Livro "É Proibido...", de Ricardo Gondim.

domingo, 19 de agosto de 2012

O Processo da Santificação

Santidade, assim como a felicidade, não acontece por uma decisão nossa. Ninguém é feliz só por querer ser feliz. Afirmar: "De hoje em diante eu vou ser feliz" é uma declaração inócua. Felicidade é decorrente de atitudes que você toma em sua vida. 

Semelhantemente, santidade não acontece porque a pessoa se programou e se disciplinou: "Eu sou espartano no meu procedimento. Eu sou disciplinado. No dia em que disse que ia deixar de fumar, deixei. No dia em que disse que ia fazer regime, fiz regime e emagreci vários quilos. Eu tenho força de vontade: vou ser santo". Não vai. E impossível, porque a santidade não acontece como um ato de nossa própria vontade. 

Estamos incapacitados pelo pecado. O progresso de nossa vida espiritual acontece como desdobramento da ação do Espírito Santo, que nos coloca a caminho do modelo, que é Jesus. Quando andamos no Espírito, somos secretamente abençoados por Deus. Nossa natureza vai sendo moldada por ele e vamos nos aperfeiçoando, modificando, transformando. Muitas vezes, esse processo se dá sem que estejamos conscientes do que ocorre. E uma operação interna, secreta. Vejamos como isso acontece. 

Em primeiro lugar, santificação é decorrente de um convívio com Deus. Somos admoestados em Gálatas 5:16: "Digo, porém: Andai no Espírito, e jamais satisfareis à concupiscência da carne". A repercussão de andar no Espírito é vencer a carne. Dimensões da vida que nos atraíam com um tremendo magnetismo vão perdendo a força. Subitamente nos perguntamos: "Mas como é que eu deixei de gostar daquela coisa de que eu não conseguia me desvencilhar?" Eis o resultado na vida de quem anda com Deus, no Espírito. 

Em segundo lugar, santificação é fruto de nossa compreensão da luz que recebemos. Luz espiritual é essencial para sermos santos. Sem compreensão da verdade pelo Espírito Santo é impossível haver santidade. Quanto mais luz brilhar sobre nós e quanto mais o nosso entendimento for ampliado pela verdade da Palavra de Deus, mais capacidade teremos de andar em santidade diante dele. Estudar a Bíblia, lê-la meditar em seus ensinos constitui-se em condição essencial para sermos santos. 

Em terceiro lugar, santificação acontece como fruto da atuação do Espírito Santo, nos transformando de uma maneira sobrenatural. Santificação vem como relacionamento, como compreensão das Escrituras e também pela atuação sobrenatural do Espírito de Deus em nós. Ele transforma os filhos de Deus de uma maneira sobrenatural. 

Em quarto lugar, santificação acontece como resultado de um processo de entrega e rendição contínua diante de Deus. Se quisermos ser realmente santos tudo o que temos que aprender é dispor nossa vida para que Deus faça o que ele deseja. Só. Nossa oração de santificação deve consistir em: "Senhor, aqui está a minha vida, para que tu operes em mim, com o mesmo poder com que ressuscitaste a Cristo dentre os mortos". Pronto! Essa oração será atendida por Deus e ele fará em nós o que lhe convier. 

Coloque Deus como a porção da sua vida e você naturalmente guardará as palavras dele. Quando Deus for verdadeiramente sua maior riqueza, você caminhará guiado pelos princípios dele. Basta isso. Faça do Senhor sua porção, o resto será conseqüência. Você andará com Deus, viverá com ele e fará a sua vontade.

- Trecho do Livro "É Proibidio...", de Ricardo Gondim.

sábado, 18 de agosto de 2012

O Que é Santidade?

O que é santidade? Novamente deve-se insistir: não é obedecer a regras. Santidade consiste em absorver os valores dignos de outra pessoa. Quando andamos com alguém, especialmente alguém que amamos e admiramos, é normal que comecemos a absorver os valores daquela pessoa: assumimos seus trejeitos, sua maneira de falar, de se comportar, de agir. Isso acontece muito entre os adolescentes: se dois adolescentes andam juntos, o que tem a personalidade mais fraca vai assumindo o jeito do que tem a personalidade mais forte. 


Os namorados, casados e companheiros de longas datas também demonstram essa verdade. Ora, ninguém tem uma personalidade mais forte do que a de Jesus: se nós o amamos e admiramos, e andamos com ele, é simplesmente normal que comecemos a absorver os seus valores. À medida que gastamos tempo com Jesus, os seus valores santos vão sendo incorporados a nós, e passam a fazer parte de nossa natureza: isto é santidade. 

Observe que falar de santificação e de santidade não significa cobrar das pessoas: "Irmãos, vamos ser santos: vamos jogar a televisão fora, vamos rasgar as revistas, vamos parar de ler Manchete, Capricho, parar de assistir Ratinho, parar de jogar no bicho, não pode mais ir à praia nem ao campo de futebol, etc." Porque se for assim haverá sempre o perigo de a pessoa dizer: "Pronto, deixei tudo isso - e agora? Sou santo?" Não! Você é "religiosamente bem trabalhado", mas não santo. Porque santo não é você deixar de fazer certas e determinadas coisas. Ser santo é absorver os valores da pessoa que você mais ama e admira: Jesus! 

Se eu amar a Deus de verdade, se o meu coração for puro diante dele, os defeitos que tenho em minha mente, meus desejos e meus pensamentos serão eliminados ou esclarecidos, a seu tempo. O que Deus espera de mim não é que eu tenha uma mente absolutamente disciplinada, que nunca pense algo errado, que seja total e perfeitamente certa — assim eu seria Deus. O que é que Deus espera de mim? 

"Quero que você ande comigo de todo o seu coração. Se eu tiver o seu coração e o seu amor, as imperfeições mentais e as falhas no seu caráter não precisam ser motivo de preocupação — a seu tempo tudo isso será corrigido, isso tudo vai ser cuidado, vai dar certo, você vai crescer..." 

Você não tem que ser perfeito. 
Faça apenas o melhor que puder e Deus o aceitará como você é. 

Santidade não é, portanto, perfeição absoluta, pois esta pertence unicamente Ele. Deus não quer de nós uma perfeição angelical, mas a santidade é possível mesmo com nossa humanidade. Deus deseja apenas o nosso melhor, que pode não se comparar ao melhor dos anjos, nem ao melhor dos santos, mas, se for o meu tudo, será o suficiente para agradar a Deus. 

"Senhor, o meu melhor, comparado ao do Pr. fulano de tal, é tão fraquinho..." Mas Deus responde: "Não, eu não estou querendo comparar você ao Pr. Fulano de Tal. Eu quero o seu melhor. Isto é o melhor que você tem?" "É, Senhor, mas o meu melhor, tu sabes, ainda está todo cheio de remendos..." "Não interessa." "É o melhor?" "Sim, é o meu tudo". "Então basta". 

Não é necessário que nos preocupemos em saber se o nosso melhor é igual ao melhor de Santo Antônio, nem de São Benedito, nem de Santa Ângela, nem do São Miguel. Basta entregarmos o que temos. É o suficiente.

- Trecho do Livro "É Proibido", de Ricardo Gondim.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Aprenda a Descansar a Cada Dia

Trabalhamos desesperadamente para comprar objetos e quinquilharias que a propaganda nos faz pensar que precisamos. Não temos tempo para ler, ouvir música ou meditar porque precisamos de mais dinheiro para comprar roupas e impressionar gente de que não gostamos. 

Vivemos sob constante estresse porque aprendemos desde nossa infância que as pessoas bem-sucedidas devem dirigir um certo tipo de carro, viajar a determinados lugares e conviver com gente de projeção. Perdemos os nossos ideais, frustramos nossas vocações e desrespeitamos os nossos princípios para podermos nos ajustar a essas expectativas. 

Infelizmente o mesmo acontece no meio religioso. Passamos a exigir dos outros e de nós mesmos um comportamento que visa apenas agradar as pessoas que nos rodeiam ou preencher as expectativas que nos foram impostas por nossa cultura religiosa. Uma cultura de desempenhos e não da graça. 

Deus não exige que o amemos com a força dos anjos ou com o denodo de Paulo. Não há qualquer pressão divina para que minha fé se iguale à de Elias. Deus quer que eu o ame de todo o meu coração, de toda minha mente e de todas as minhas forças. O que sou e o que tenho pode não ser muito, mas, se eu entregar a ele, será suficiente. Não há necessidade de me tensionar a ir além de minha capacidade para, no fim de tudo, terminar ansioso e frustrado. Deus não quer isso de mim. 

Muitas vezes não descansamos porque estamos querendo superar as expectativas das pessoas, e quanto mais corremos mais nos vemos incapazes. Assim como Deus descansou no sábado, não porque estivesse cansado mas porque estava satisfeito com a sua criação - que depois do homem era muito boa -, devemos também aprender a deitar nossa cabeça no travesseiro e descansar a cada dia com a convicção de que, se não conseguimos ser os mais ricos, os mais inteligentes e os mais espirituais, fomos tudo o que podíamos ser. 

"Eis o que eu vi: boa e bela coisa é comer e beber, e gozar cada um do bem de todo o seu trabalho, com que se afadigou debaixo do sol, durante os poucos dias da vida que Deus lhe deu; porque esta é a sua porção". (Ec 5:18)

- Trecho do Livro "É Proibido", de Ricardo Gondim.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Atividade Mais Espiritual

Se perguntássemos em muitas igrejas qual atividade é mais espiritual: jogar bola ou orar, evangelizar ou celebrar um aniversário? Se perguntássemos o lugar mais sagrado: a igreja ou a sala de nossa casa? Uma piscina ou um batistério? Muitos responderiam com certeza que é mais espiritual orar e evangelizar. Que o templo e o batistério são mais sagrados. Será? 

As Sagradas Escrituras não afirmam que devamos considerar algumas atividades mais espirituais que outras. Ou que haja espaços mais santos que outros – lembremo-nos de que Deus não habita em templos feitos por mãos humanas. O apóstolo Paulo, pelo contrário, ensina que em toda nossa vida, quer comamos, bebamos, ou façamos qualquer outra coisa, devemos fazer tudo para a glória de Deus. A sacralidade de um espaço físico é determinada pelas pessoas e suas atitudes naquele lugar. O lugar em si não é puro ou impuro. Para o cristão, todas as experiências são igualmente espirituais, quando vividas em integridade diante de Deus. O que determina ou não a validade de nossas ações ou dos espaços que freqüentamos é como escolhemos vivê-las ou viver nelas

- Trecho do Livro "É Proibido...", de Ricardo Gondim.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Como Sal e Luz

O desafio do verdadeiro cristão não consiste em esconder-se dos perigos do mundo como um caramujo, mas em saber conviver entre pecadores como sal e como luz. 

Jesus jamais se furtou de comparecer a atividades sociais promovidas por pessoas comuns. Nunca tentou isolar seus discípulos em mosteiros para que eles se mantivessem imunes às tentações. Pelo contrário, lançou-os num mundo hostil, em que teriam de demonstrar uma fé forte o suficiente para influenciarem e não serem influenciados. 

Ele próprio não temia comer, beber e conviver com pessoas espiritualmente desqualificadas. Quando Jesus comparecia a festas, como a das bodas de Caná, ele partilhava do mesmo ambiente que os pecadores. Entretanto, não legitimava o comportamento das pessoas e tampouco se tornava cúmplice dos atos que elas praticavam.

A vida cristã compõe-se exatamente desse desafio: viver no mesmo ambiente em que vivem outros pecadores, sem contudo participar de seus pecados. É aí que surge a necessidade de um espírito crítico, resultado de maturidade cristã, para a seleção de quais ambientes devemos ou não frequentar. Quando Jesus ordenou que fôssemos a luz do mundo e o sal da terra, ele referia-se exatamente a esse desafio de convivermos onde há trevas e imundície sem nos deixarmos contaminar.

- Trecho do Livro "É proibido...", de Ricardo Gondim.