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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Verdadeiramente Livre

Eu poderia falar sobre muitos aspectos de Jesus e sobre por que ele me atrai. Mas vou me limitar a dizer uma única coisa que sempre me impressiona a respeito dele. Jesus é o único homem completamente livre que eu jamais encontrei.

Eu quero muito ser livre. Não quero estar aprisionado a coisa alguma. Quero voar livre como um falcão planando no vento. Em Jesus encontro um modelo daquilo que quero me tornar.

Por "livre" não quero dizer livre de toda pressão ou res­ponsabilidade. Pessoas que têm esse tipo de liberdade são, na maioria das vezes, apanhadas de maneira trágica. Estrelas do rock, com todo o dinheiro e o tempo que têm para fazer tudo o que querem, cometem às vezes suicídio ou enveredam pelo caminho das drogas. Algumas das pessoas mais livres estive­ram sob intensa pressão, como Nelson Mandela ou o apóstolo Paulo na prisão.

A liberdade na qual estou interessado começa dentro da pessoa. Penso que sempre teremos alguns limites impostos pelo mundo exterior. Estou mais preocupado com os limites que temos dentro de nós. Uma pessoa realmente livre pode rir quando os outros estão amargurados; pode ser bondosa quan­do os outros odeiam; pode estar numa sala cheia de gente fofocando e não participar; pode ser ela mesma, independen­temente da pressão que sofre.

Jesus era livre. Multidões o adoravam, mas ele não se deixou levar por isso a ponto de viver para agradá-las. Centenas de en­fermos vieram a ele para ser curados, mas ele não permitiu que essa pressão o mantivesse distante de prioridades como gastar tempo conversando com Deus. Os religiosos da época o critica­ram, mas ele não deixou que isso o intimidasse, nem que o levas­se a se tornar um rebelde estereotipado. Seus melhores amigos tinham idéias sobre como ele deveria agir e o tipo de futuro que ele deveria esperar, mas ele não se deixava influenciar.

A liberdade de Jesus fluía de sua identidade como Filho de Deus. Ele mantinha contato; ele se lembrava de quem era em relação a Deus. As pressões não podiam amoldá-lo, porque Deus não mudava em seu amor e em sua promessa de guardá-lo. Nem mesmo a morte poderia mudar quem ele era — e é. 

- Trecho do Livro "Desventuras da Vida Cristã", de Philip Yancey.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Sob Pressão

A pressão física, real, assemelha-se à pressão da tentação. Você pode "escapar" dela até certo ponto. 

Você acha que um submarino, por ser à prova d'água, pode descer tão fundo quanto deseja? Não pode. Até mesmo os submarinos atômicos construídos com reforço suficiente para atra­vessar o gelo do Pólo Norte possuem um limite de profundidade. Um submarino conhecido como Thresher ultrapassou essa pro­fundidade alguns anos atrás. Quando a pressão ficou muito gran­de, a água do mar triturou seu casco de aço como se o submarino fosse um modelo de plástico. Os pesquisadores encontraram ape­nas fragmentos daquele enorme submarino. O tremendo peso do mar havia esmagado seu casco de aço. Isso é pressão.

E se você quiser ir mais fundo para alcançar o fundo do mar? Há estruturas construídas especialmente para isso. Elas são estritamente para pesquisa — bolas de aço que descem no oceano através de um cabo. Somente um pesquisador cabe dentro delas, protegido pelo pesado revestimento de aço. En­quanto desce, ele espreita por uma placa grossa de vidro, pro­curando nas profundezas do oceano pela vida que pode sobre­viver debaixo de uma pressão dessas.

Ele vê peixes. Você poderia supor que esses peixes, vivendo em tamanha profundidade, tivessem a constituição de um tan­que do exército. Mas não tem. Enquanto o pequeno submari­no tem polegadas de aço para protegê-lo, esses peixes tem pele normal, com uma fração de polegada de grossura. Eles nadam livremente, curiosos, ao redor do escafandro. Às vezes emi­tem luzes de néon. Têm olhos enormes. São os peixes mais exóticos que já se viram. Como podem sobreviver debaixo de tanta pressão? Eles possuem um segredo: uma pressão igual e contrária dentro de si mesmos.

Na vida real, alguns cristãos lidam com a pressão revestindo-se com polegadas de aço. Eles se protegem do mundo exterior e se encurralam em um espaço estreito, tateando na escuridão. Eles estão seguros ali dentro. Mas o tipo de liberda­de de Deus é mais como a do peixe. Mantemos nossa forma não por meio do aço, mas por meio do Espírito de Deus, que nos dá força interior para lidar com cada ponto de pressão em nossa vida.

Romanos 12:2, uma conhecida passagem da Bíblia, diz es­sencialmente isto: "não se deixem comprimir no molde deste mundo, mas sejam transformados pela renovação de suas mentes". A pressão exterior quer fazer que você se amolde — que seja como todo o mundo. O Espírito de Deus contra-ataca a partir do interior, através de sua mente.

- Trecho do Livro "Desventuras da Vida Cristã", de Philip Yancey.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Falso Cristão


Por que as pessoas falsificam alguma coisa? Apenas porque essa alguma coisa é valiosa. Ninguém falsifi­ca uma multa de trânsito. Ninguém falsifica um boletim com notas vermelhas. Somente as coisas mais valiosas são falsificadas: coisas como uma nota de cem reais.

As pessoas fingem que são ricas. Fingem que são professo­res universitários ou jogadores de futebol. Normalmente, não tentarão fingir que são pais que espancam crianças.

Mais que qualquer outra coisa, as pessoas fingem conhecer a Deus intimamente. Por quê? Porque conhecer a Deus é algo tão valioso que elas desejam que outras pessoas pensem que elas o conhecem. De certo modo, a presença dos hipócritas demonstra quanto o verdadeiro cristianismo é desejável. 

- Trecho do Livro "Desventuras da Vida Cristã", de Philip Yancey.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Amar o Próximo

Eu cuido muito bem de mim, mas muito bem mesmo. Por exemplo:
Sempre que estou com fome, eu me dou de comer. 
Sempre que estou sujo, eu me dou banho. 
Esco­vo os dentes, limpo o rosto, lavo as roupas, lavo e pen­teio o cabelo, e quase nunca esqueço de limpar as unhas. 

Sempre que me machuco, cuido de mim. 
Se for um corte, passo um band-aid em volta. 
Se for mais sério, procuro alguém que possa me ajudar. 
Quando estou doente, tomo todos os tipos de remédio. 

Quando me sinto sozinho, passo normalmente o tem­po com minha família ou meus amigos, ou com alguém que me compreenda. 
Se estou com sede, normalmente bebo água, um refri­gerante ou leite — qualquer coisa que mate a sede. 
Quando acontece de eu estar com calor, visto-me com roupas leves, ligo o ventilador ou o ar-condicionado ou bebo algo gostoso e gelado. 
Se estiver com frio, ligo o aquecedor, me agasalho ou bebo algo quente. 

As vezes tenho perguntas. Apanho então um livro e encontro respostas. Ou então faço alguns cursos. 
Sempre que estou de fato cansado, vou para a cama. 
Na verdade, cuido muito bem de mim; em certo sen­tido, eu me amo. 

Agora, se algum dia você quiser saber o significado de "Amar o Próximo", Jesus responde: "Ame seu próximo como ama a si mesmo".

- Trecho do Livro "Desventuras da Vida Cristã, de Philip Yancey.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Quando Aquilo que Parece Bom é Ruim

Você sabe qual desventura considero mais desanimadora que qualquer outra em minha vida? É o sentimento que tenho logo após ter cedido, de novo, à tentação. Não tenho dúvida quanto ao perdão. Sei que Deus tirará o pecado e me renovará. Mas me pergunto se algum dia escaparei da tentação. Quando se trata de encará-la, será que tenho forças para resistir? Posso me enxergar caindo de novo, de novo e de novo.

Assim tenho pensado na tentação, imaginando se há uma chave, um segredo mágico para resistir a ela. "Entregar-se a Deus" ou "voltar-se para o Senhor" são frases que têm me ajudado as vezes. Mas tenho descoberto que não há mágicas nas frases. Não posso dar as costas à tentação pondo-me a fazer ginástica mental. "Técnicas" religiosas têm me desanimado. Com elas acho que tenho a resposta. Então, cedo à tentação mais uma vez, e abruptamente me dou conta que não tenho.

- Trecho do Livro Desventuras da Vida Cristã, de Philip Yancey.