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segunda-feira, 26 de março de 2012

Tanto Quanto o Ar que Respiramos

Certo jovem aproximou-se de um homem santo da Índia, quando este estava sentado à beira do rio Ganges, e perguntou como seria possível encontrar Deus. O homem santo empurrou-o para a água, onde o manteve submerso quase ao ponto de afogar-se. 

Quando o rapaz voltou à tona, bufando e resfolegando, fez ao homem santo a pergunta:
- Por que fez isso?

Ao que o homem santo respondeu:
- Quando você desejar Deus tanto quanto desejou o ar para respirar enquanto esteve nas águas deste rio, você o encontrará."

- Trecho do Livro "Mundo em Chamas", de Billy Graham. 

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

O Porão Escuro

Certa vez, um jovem morava num porão escuro, sentia-se inseguro e amedrontado no breu. Queria de todos os modos colocar uma lâmpada neste porão. Após ganhar dinheiro, contratou um eletricista e satisfez seu desejo. Eis que naquela noite não dormiu, a luz o incomodou. Por quê? Porque iluminou o ambiente e revelou teias de aranhas, baratas e imundícias somente depois de fazer uma boa faxina, ficou tranquilo e adormeceu.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

A Andorinha e a Inundação na Floresta


Certa vez houve uma inundação numa imensa floresta. O choro das nuvens que deveriam promover a vida dessa vez anunciou a morte. Os grandes animais bateram em retirada fugindo do afogamento, deixando até os filhotes para trás.

Devastavam tudo o que estava à frente. Os animais menores seguiam seus rastros. De repente uma pequena andorinha, toda ensopada, apareceu na contra mão procurando a quem salvar.

As hienas viram a atitude da andorinha e ficaram admiradíssimas. Disseram: "Você é louca! O que poderá fazer com um corpo tão frágil?" Os abutres bradaram: "Utopia! Veja se enxerga a sua pequenez!" Por onde a frágil andorinha passava, era ridicularizada. 

Mas, atenta, procurava alguém que pudesse resgatar. Suas asas batiam fatigadas, quando viu um filhote de beija-flor debatendo-se na água, quase se entregando. Apesar de nunca ter aprendido a mergulhar, ela se atirou na água e com muito esforço pegou o diminuto pássaro pela asa esquerda. E bateu em retirada carregando o filhote no bico.

Ao retornar, encontrou outras hienas que não tardaram a declarar: "Maluca! Está querendo ser heroína?" Mas a andorinha não parou; muito fadigada, só descansou após deixar o pequeno beija-flor em local seguro.

Horas depois, encontrou as hienas debaixo de uma sombra. Fitando-as nos olhos, deu a sua resposta: "Só me sinto digna das minhas asas se eu as utilizar para fazer os outros voares."

No momento há muitas hienas e abutres na sociedade. Não esperem muito dos grandes animais. Esperem deles, sim, incompreensões, rejeições, calúnias e necessidades doentias de poder. Deus não os chama para serem agradáveis heróis, para terem seus feitos descritos nos anais da história, mas para serem pequenas andorinhas que sobrevoam anonimamente a sociedade amando desconhecidos e fazendo por eles o que está ao seu alcance.

Sejam dignos das suas asas. É na insignificância que se conquistam os grandes significados, é na pequenez que se realizam os grandes atos.

- Trecho do Livro "O Vendedor de Sonhos", de Augusto Cury.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O Homem e o Ancinho


Intérprete levou Cristiana até um quarto onde havia um homem que tinha na mão um ancinho e que não desgrudava os olhos do chão. Havia também outro homem, acima do primeiro, com uma coroa celestial nas mãos. Este propunha ao primeiro trocar a coroa pelo ancinho, mas ele não lhe dava ouvidos, nem mesmo tirava os olhos do chão. Com sua ferramenta, ele continuava a juntar as palhas, os gravetos e a poeira do quarto.

Esse primeiro homem, explica Interprete, é o símbolo do homem deste mundo. Quanto ao ancinho, simboliza os seus pensamentos mundanos. Como você vê, ele prefere prestar atenção às palhas, aos gravetos e à poeira do chão do que às palavras que lhe diz o homem lá de cima, que traz na mão a coroa celestial.

Essa cena - diz Intérprete - mostra que o céu não passa de fábula para alguns, e que as coisas daqui são tidas como as únicas essenciais. Você também observou que o homem só olhava para baixo, não? Pois isso é para mostrar a você que as coisas terrenas, quando arrebatam os pensamentos dos homens, afastam seu coração de Deus.

Cristiana - Ah! Liberte-me deste ancinho!

Intérprete - Essa oração foi esquecida, e hoje se acha quase enferrujada. "Não me dês (...) a riqueza" é, quando muito, oração de um dentre dez mil. Hoje, mais do que nunca, procuram-se palha, gravetos e poeira.

- Ai de nós! Porque isso é realmente verdade! - diz Cristiana

- Trecho do Livro "A Peregrina", de John Bunyan.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Paixão e Paciência


Em certo quarto apertado, haviam dois menininhos sentados, cada qual em sua cadeira. O nome do mais velho era Paixão, e o outro chamava-se Paciência. Paixão parecia muito insatisfeito, mas Paciência permanecia bem tranquilo. O motivo do descontentamento de Paixão era porque seu tutor queria que ele esperasse, pois as melhores coisas viriam no início do ano que vem. Mas ele as queria agora. Paciência no entanto se dispunha a aguardar.

Então alguém se aproximou de Paixão e, trazendo-lhe um saco, derramou um tesouro aos seus pés. Ele o tomou, alegrou-se e ainda riu-se de Paciência, zombeteiro. Mas logo paixão dissipou de tudo o que tinha ganhado, nada lhe restando senão farrapos.

Esses dois meninos são simbólicos: Paixão representa os homens deste mundo, e Paciência, os homens do mundo que há de vir. Paixão quer tudo agora, este ano, ou seja, neste mundo. São assim os homens deste mundo; eles precisam ter todas as boas coisas agora; não podem aguardar até o ano que vem, ou seja, até o mundo vindouro, para receber o seu quinhão de benefícios.

O provérbio "Mais vale um pássaro na mão do que dois voando" tem para eles mais autoridade do que todos os testemunhos divinos do bem do mundo que há de vir. Mas como vimos, Paixão esbanjou tudo rapidamente, e nada lhe restou agora senão farrapos. Assim acontecerá aos homens dessa espécie quando do final deste mundo.

A glória do mundo vindouro, pelo qual Paciência aguardam jamais se gastará, mas as daqui subitamente passam. Sendo assim, Paixão não teve tanto motivo para rir de Paciência só por ter recebido as boas coisas primeiro. Quanto a Paciência, terá de rir-se de Paixão por receber as melhores coisas por último, pois o primeiro precisa dar lugar ao último, já que o último também terá a sua hora. O último, porém, não cede o lugar a ninguém, pois não há quem venha depois dele. 

Aquele portanto que recebe primeiro o seu quinhão deve sem dúvida ter a oportunidade de gastá-lo; porém aquele que receber a sua porção por último a terá para sempre.

- Trecho tirado do livro "O Peregrino", de John Bunyan.

domingo, 1 de janeiro de 2012

O Borrifador e a Vassoura


Intérprete tomou Cristão pela mão e o levou a uma sala bem grande, cheia de poeira, pois jamais era varrida. Depois de examiná-la, Intérprete mandou um homem varrê-la. Ora, começando ele a varrer, o pó ergueu-se tão abundante que Cristão quase sufocou. Disse então Intérprete a uma jovem que estava ali ao lado:

- Traga água e borrife um pouco na sala.

Feito isso, a sala pôde ser varrida e limpa com prazer.

Cristão - O Que significa isso? 

Intérprete - Esta sala é o coração do homem que jamais foi santificado pela doce graça do Evangelho. A poeira é seu pecado original e as corrupções mais íntimas que macularam todo o homem. Aquele que começou a varrer primeiro é a lei, mas a que trouxe água, e a borrifou, é o Evangelho. Ora, você mesmo viu que assim que o homem começou a varrer, a poeira levantou, tornando impossível limpar a sala. Você quase sufocou. Isso foi para mostrar-lhe que a lei, em vez de limpar (pela sua ação) o coração do pecado, na verdade o faz reviver, o fortalece e o amplia na alma, ainda que o revele e proíba, pois não dá força para subjugar.

- Depois - continuou ele - você viu a jovem borrifar a sala com água, podendo então limpá-la com prazer. Isso é para mostrar-lhe que quando o Evangelho entra no coração com sua influência doce e inestimável, o pecado é conquistado e subjugado, da mesma forma como você viu a jovem fazer pousar a poeira borrifando o chão com água. A alma se faz limpa pela fé, preparando-se consequentemente para que o Rei da Glória a habite.

- Trecho tirado do livro "O Peregrino", de John Bunyan.