sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O amor de Deus pela Humanidade

"Quem nos assegura que não somos marionetes do poder do Criador? Será que não somos objetos do seu divertimento que mais tarde serão descartados no torvelinho do tempo?"
Muitas pessoas, por não analisarem a história de Cristo têm questionado dessa maneira ao olharem para o Universo.
Nas sociedades humanas, mesmo nas democráticas, somos mais um número de identidade, mais um ser que compõe a massa da sociedade. Contudo, Jesus veio com a missão de proclamar ao mundo que o homem é singular para Deus, e que o Deus auto-existente e sempiterno se importa realmente com os complicados mortais.

Na parábola do filho pródigo, da ovelha perdida e de tantas outras, este agradável contador de histórias empenha a sua própria palavra afirmando categoricamente que o ser humano não é um objeto descartável do Criador, mas cada um deles é um ser insubstituível e inigualável, apesar dos seus erros, falhas, fragilidades e dificuldades. Jesus usou seu próprio sangue como tinta para escrever um tratado eterno entre o Criador e criatura.

Se os textos dos evangelhos não nos tivessem relatados, não seria possível a mente humana conceber a idéia de que o autor da existência tivesse um filho e que, por amar a humanidade incondicionalmente, Ele o enviaria ao mundo para viver as condições mais inumanas e, por fim, se sacrificar por ela. Como pode o Criador amar a tal ponto uma espécie tão cheia de defeitos, cuja história está mergulhada num mar de injustiças e violação de direitos?
O filho morreu como o mais indigno dos homens e, paralelamente, enquanto ele morria, o Pai chorava intensamente, ainda que não possamos atribuir lágrimas físicas a Deus. Ele chorava a cada ferida, hematoma e estalido de martelo que cravava seu filho na cruz.

Os pais não suportam a dor dos seus filhos. Uma pequena ferida de um deles é capaz de fazer alguns entrarem em desespero. Por isso, um dos maiores desejos deles é fechar seus olhos antes dos seus filhos.
Vê-los morrer é indubitavelmente a maior dor que podem sofrer. Agora, imagine a dor do Pai pedindo para Jesus se entregar voluntariamente e deixar que os homens o julgassem.

Segundo as Escrituras Sagradas, há dois mil anos aconteceu o evento mais importante da história. O mais dócil e amável dos homens foi espancado, ferido e torturado. O seu Pai estava assistindo a todo o seu martírio. Podia fazer tudo por ele, mas, se interviesse a humanidade estaria excluída do seu plano. Por isso, nada fez. Foi a primeira vez na história que um pai teve pleno poder e pleno desejo de salvar o seu filho, de estancar a sua dor e punir os seus inimigos e se absteve de fazê-lo. Quem mais sofreu, o filho ou o Pai? Ambos.

Ambos viveram o mais impressionante espetáculo de dor. O comportamento do "Deus Pai" e o do "Deus filho" implodem completamente nossos paradigmas religiosos e filosóficos, dilaceram os parâmetros da psicologia. Em vez de exigirem sacrifícios e reverências da humanidade, ambos se sacrificaram por ela. Pagaram um preço indescritível para dar para eles o que consideram a maior dádiva que um ser humano pode receber, o ESPÍRITO SANTO.

O Pai e o Filho são fortes ou fracos? Fortes a tal ponto que não precisavam mostrar sua força. Grandes a tal ponto que se misturavam com os homens mais desprezados da sociedade. Nobres a tal ponto que queriam ser amados pelos homens, e não tê-los como seus escravos ou servos. Pequenos a tal ponto que só são perspectiveis àqueles que enxergam com o coração. Somente alguém tão forte e tão grande consegue se fazer tão pequeno e acessível.

As metas de Jesus não eram os seus milagres exteriores. Esses eram pequenos perto do seu real desejo de transformar o interior do homem e fazer uma faxina nos porões inconscientes de sua memória.

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