O terceiro tipo de solo, o solo com espinhos, representa uma terra melhor do que temos visto até o momento. O solo era adequado. Não era compactado, não havia pedras no seu interior. As sementes encontraram um excelente clima para crescer. Lançaram raízes profundas, conseguiram atingir águas submersas, suportaram o calor do sol e as intempéries. Elas cresceram com vigor e entusiasmo.
Os problemas exteriores não conseguiam destruí-las. Junto com as pequenas plantas geradas pelas belas sementes cresceram, sutilmente, os espinhos. No início, os espinhos aparentava ser gramíneas frágeis e inocentes. Havia espaço para todas as plantas, poderiam conviver juntas. Entretanto, os meses se passaram e as plantas e os espinhos cresceram. Então, algo imprevisível aconteceu. O espaço que era tão grande começou a ficar pequeno. Iniciou-se uma competição.
Os espinhos começaram a competir com as plantas pelos nutrientes, oxigênio, água e raios solares. Como estavam mais adaptados, deram um salto. Cresceram rapidamente e começaram a sufocar as plantas. Elas clamavam pelos nutrientes e pelos raios solares para fazer a fotossíntese, mas os espinhos controlavam seu desejo de viver. Assim, apesar de ter raízes profundas e de conquistar um bom porte, as plantas não frutificaram, não sobreviveram.
Que grupo de pessoas ou que estágio da personalidade esse tipo de solo representa?
Representa as pessoas mais profundas e sensatas, que permitiram o crescimento das sementes do perdão, do amor, da sabedoria, da solidariedade e de todas as demais sementes do plano transcedental do mestre dos mestres.
Elas suportaram as incompreensões, as pressões, as dificuldades externas. Viram Jesus sofrer oposição e perseguição, mas não desanimaram. Ficaram amedrontadas quando ele, por diversas vezes, quase foi apedrejado, mas não o abandonaram. Nenhuma crítica, rejeição, doença, decepção ou frustração parecia roubar-lhes o desejo de segui-lo.
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