Dr. Paul Brand |
Nós, médicos, enfrentamos um brutal despertamento quando saímos da faculdade", relatou Brand. "Depois de estudar as maravilhas do corpo humano, fui colocado numa posição muito parecida com a do atendente do balcão de reclamações de uma loja de departamentos. Nenhum paciente vem ao meu consultório para expressar sua admiração por ver um rim ou um pulmão funcionando adequadamente. Eles vêm para reclamar de algo que não está trabalhando direito.
Somente muito tempo depois, pude perceber que aquelas coisas das quais eles reclamavam eram seus grandes aliados. A maioria das pessoas vê a dor como uma inimiga. Porém, como meus pacientes no leprosário comprovam, ela nos força a dar atenção a ameaças a que nossos corpos estão submetidos. Sem ela, um ataque cardíaco, um derrame, um apêndice rompido ou úlceras estomacais aconteceriam sem aviso. Quem iria visitar um médico se não estivesse sentindo dor?
Notei que os sintomas dos quais reclamavam meus doentes eram, na verdade, uma prova da cura que o próprio corpo estava promovendo. De modo geral, todas as reações de nossos corpos que vemos com irritação ou nojo - bolhas, calos, inchaços, febre, espirro, tosse, vômito e, especialmente, a dor - demonstram um reflexo em direção à cura. Em todas essas coisas, normalmente consideradas nossas inimigas, podemos encontrar uma razão para sermos agradecidos.
- Paul Brand (Trecho tirado do Livro "Alma Sobrevivente", de Philip Yancey).
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