Naquele momento, Ted parou num sinal fechado. Sem dizer nada, desligou a kombi, abriu a porta, saltou para fora e correu para o lado da Cris. Abriu a porta do lado dela e agarrou a mão da garota, dizendo:
- Não acredito! É perfeito!
- O quê? Ted! O que é que você está fazendo?
Puxando Cris pela mão, tirou-a da kombi e conduziu-a para a frente onde os faróis iluminavam os dois destacando-os como se estivessem sob holofotes.
- É isso mesmo! Estamos em algum ponto no meio dos dois extremos. E é mais ou menos como estar num cruzamento movimentado, no meio da rua!
Os olhos de Cris correram do Ted para o sinal de trânsito. Foi então que percebeu. Era o "lugar" deles! Estavam bem no meio do cruzamento. Ted enfiou a mão no bolso do fraque e tirou uma caixinha retangular amarrada com uma fita branca. Com a animação de um garotinho, disse:
- Eu não sabia qual era a melhor hora para lhe dar isto, mas parece que tanto faz agora ou qualquer outra hora. Vamos! Abra!
Os carros zarpavam ao lado deles. Cris riu alto. Só mesmo o Ted para fazer isso! Arrancou a fita e o papel. Dentro havia uma pulseira com uma delicada plaquinha de ouro.
- Ted, é linda!
- Leia o que está gravado.
Ela virou-a para a luz do carro e leu a plaquinha de ouro: "Para Sempre".
O sinal abriu e o carro atrás deles buzinou. Ted deu a volta no carro e acenou para que o ultrapassassem, como se fosse um guarda de trânsito.
Ela sabia que todo mundo estava olhando-a, ali de pé, toda produzida, com o vestido preto de festa e os brincos de brilhantes de sua tia, segurando a caixinha de presente numa mão e a pulseira de ouro na outra. Mas não se importava. Estava bem no meio da rua, bem no meio do seu relacionamento com o Ted, e era bem onde ela queria estar: nem mais para um lado, nem mais para o outro. E no momento, nada mais tinha importância.
- Deixe que eu ajudo a colocar, disse Ted prestativo, voltando para onde Cris estava.
Colocou a pulseira no braço dela, abriu o minúsculo fecho e, após várias tentativas, conseguiu fechar com segurança. Pegou então a sua mão, e disse:
- Estou realmente sendo sincero nisso, Cris. Não importa o que vier depois, não importa se você conhecer outros caras, ou se ficarmos distanciados por muitos quilômetros. Um pedaço de você estará sempre aqui, afirmou batendo levemente no peito. Você está no meu coração. É minha amiga. Sinceramente não sei o que vai acontecer daqui pra frente, mas não estou preocupado. Deus sabe. Vamos passar a eternidade com ele. Com esta pulseira, estou querendo dizer: "Aqui está a minha amizade. Prometo sempre ser seu amigo. É sua para sempre."
- Trecho do Livro "Seu Para Sempre - Série Cris 03", de Robin Jones Gunn.
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