Quando, à noite estou na cama, remato a oração com estas palavras: "Agradeço-te o bem, o amor e a beleza", então todo o meu ser rejubila.
Ponho-me a pensar em tudo o que foi "o bem" : a nossa fuga para aqui, a minha saúde; e no "amor": o Peter e tudo aquilo que é tão delicado e sensível que ambos ainda não ousamos tocar-lhe, mas que um dia virá-o futuro, a felicidade. E penso na "beleza" que envolve o Mundo: a natureza, a arte, a grandeza e tudo o que a isto está ligado.
Não penso na miséria mas em tudo o que é terno e maravilhoso. É nisto que reside em grande parte a diferença entre a mãe e eu. Quando alguém está triste, ela aconselha: "lembra-te da miséria que vai pelo Mundo e sê grata por tu não a sofreres". Eu digo: "vai e procura os campos, a natureza e o Sol: vai, procura a felicidade em ti e em Deus. Pensa no que é belo e que se realiza em ti e à tua volta, sempre e sempre de novo".
- Trecho do Livro "O Diário de Anne Frank"
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