domingo, 28 de outubro de 2012

Também Te Amo, Kilikina!

Cris continuou com o olhar fixo no namorado que caminhava em sua direção. Nesse instante, compreendeu, tanto com a mente como com o coração, que nunca mais se esqueceria dessa imagem do rapaz vindo ao seu encontro na praia. Nunca perderia a visão desse homem que, duas semanas atrás, passara bem perto da morte, mas agora estava bem vivo e bem apaixonado por ela. 

- Hmm, que cheiro bom! exclamou ele, parando junto ao fogo. 

Cris achou engraçado o fato de que as primeiras palavras dele, numa ocasião tão significativa como aquela, tivessem sido tão corriqueiras. 

- Eu te amo! disse ela de sopetão. 

Imediatamente ela tapou a boca. Ela pensara dizer: '"É o bacon!" Entretanto seu coração estava tão cheio de amor pelo Ted que a declaração simplesmente escapou quase sem ela o querer. 

O rapaz foi se abaixando lentamente e se sentou perto dela, no velho cobertor. Largou a garrafa e as canecas, e ficou a fitá-la fixamente como se não conseguisse acreditar no que ouvira. Pela expressão do rosto, dava a entender que queria que ela repetisse o que dissera. 

Cris tirou a mão da boca e fitou aqueles profundos olhos azuis. Respirou fundo e “mergulhou” na alma dele. 

- Eu te amo! repetiu, num tom lento e bem determinado. Eu te amo, Ted. 

- É, achei que era isso mesmo que você havia dito, comentou o rapaz com voz emocionada, e continuou: Também te amo, Kilikina!

Lenta e ternamente os dois se aproximaram e seus lábios se encontraram num beijo. Cris se sentiu ainda mais cheia de amor por ele. Quando se separaram, esse sentimento como que transbordou pelos seus olhos e escorreu pelo seu rosto sorridente. 

Ted limpou as lágrimas dela com mão firme. Em seguida, colo­cou a mão molhada no peito, bem na direção do coração. Cris viu que ele queria dizer que guardara as lágrimas dela no coração. Ela estendeu a mão e tocou de leve nos lábios dele. O rapaz segurou-a e deu um longo beijo na palma. A jovem soltou sua mão da dele, e colocou-a sobre o próprio coração. 

- Eu te amo! murmurou, com um sussurro leve mas firme. 

Ted abriu mais o sorriso. 

- Você sabe o que se diz acerca de uma declaração assim, não é? Quando alguém faz uma afirmação, repetindo-a três vezes, ela fica valendo pra sempre. 

Cris fez que sim. Contudo não sabia se ele estava era lhe dando uma chance de voltar atrás. Na verdade, porém, nada faria com que ela mudasse sua declaração. E o rapaz sabia muito bem o que aquelas palavras significavam para ela, para ele e para o futuro de ambos. Seu juramento estava confirmado na presença de Deus. 

- Eu te amo! repetiu firmemente, destacando cada palavra. Dessa vez, porém, deu uma risadinha alegre no fim da frase.

- Trecho do Livro "Como Quiseres, Senhor - Série Cris e Ted 02", de Robin Jones Gunn.

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