segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Andando de Mãos Dadas Por Ruas de Pedras

Ted pegou sua mão e apertou-a. 

- Era exatamente assim que eu havia imaginado que nossa viagem seria, disse ele. 

- Eu também. Nós dois, andando de mãos dadas por estas ruas de pedra, carregando nossas bagagens e curtindo a companhia um do outro. 

- É como se fosse a coisa certa na hora certa, né? disse ele. É perfeito. Eu e você aqui, sem nos preocuparmos em adivinhar o que virá amanhã. Apenas desfrutando das misericórdia que o Senhor derrama sobre nós hoje. 

Foi então que Cris sentiu novamente aquela doce paz a lhe envolver. Tanto ela quanto Ted estavam sob aquele manto invisível. E ela sabia que fora ela quem saíra de debaixo daquela proteção. 

- Por favor, não vamos mais falar sobre aquele papo de terminar o namoro, ‘tá bem? disse Ted. Acho que meu coração não aguentaria. 

- Nem o meu, disse Cris, apertando a mão dele. 

Ted parou por um momento e, olhando fundo nos olhos de Cris, sob o brilho dourado da noite, disse: 

- Promete, então? 

- Prometo, respondeu Cris com um sorriso. 

Ficaram parados na rua estreita e acidentada, de mãos dadas, olhando um para o outro atentamente, como se procurassem gravar na memória os mínimos detalhes daquele momento. 

Então uma doce brisa soprou sobre eles, envolvendo-os num círculo de quietude e paz. De repente, todas as dúvidas que Cris trazia no coração se dissiparam. Naquele momento, ela sentiu que havia mudado. Não era mais uma adolescente, cujos sentimentos pareciam estar constantemente numa montanha-russa, cheia de altos e baixos. Era uma mulher. E, como tal, sabia que, independentemente do que acontecesse no futuro, amaria para sempre o homem que tinha diante de si naquele instante.

- Trecho do Livro "Até Amanhã - Série Cris e Ted 01", de Robin Jones Gunn.

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