O desafio do verdadeiro cristão não consiste em esconder-se dos perigos do mundo como um caramujo, mas em saber conviver entre pecadores como sal e como luz.
Jesus jamais se furtou de comparecer a atividades sociais promovidas por pessoas comuns. Nunca tentou isolar seus discípulos em mosteiros para que eles se mantivessem imunes às tentações. Pelo contrário, lançou-os num mundo hostil, em que teriam de demonstrar uma fé forte o suficiente para influenciarem e não serem influenciados.
Ele próprio não temia comer, beber e conviver com pessoas espiritualmente desqualificadas. Quando Jesus comparecia a festas, como a das bodas de Caná, ele partilhava do mesmo ambiente que os pecadores. Entretanto, não legitimava o comportamento das pessoas e tampouco se tornava cúmplice dos atos que elas praticavam.
A vida cristã compõe-se exatamente desse desafio: viver no mesmo ambiente em que vivem outros pecadores, sem contudo participar de seus pecados. É aí que surge a necessidade de um espírito crítico, resultado de maturidade cristã, para a seleção de quais ambientes devemos ou não frequentar. Quando Jesus ordenou que fôssemos a luz do mundo e o sal da terra, ele referia-se exatamente a esse desafio de convivermos onde há trevas e imundície sem nos deixarmos contaminar.
- Trecho do Livro "É proibido...", de Ricardo Gondim.
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