Todo casamento tem épocas de crise, momentos de verdade quando um cônjuge (ou ambos) fica tentado a desistir, julgar que não pode ficar na dependência do outro, que o parceiro é irracional ou não merece confiança. Os grandes casamentos sobrevivem a esses momentos, mas os fracos se desfazem.
Grandes relacionamentos tomam forma quando são esticados até o ponto de se romperem, mas não se rompem. Vendo esse princípio, consigo entender melhor um dos mistérios de se relacionar com Deus:
...Abraão subindo o monte Moriá, Jó raspando suas feridas sob o sol quente, Davi se escondendo numa caverna, Elias vagueando em depressão pelo deserto, Moisés fazendo um apelo para mudar a descrição de suas tarefas — todos esses heróis experimentaram momentos de crise quando foram amargamente tentados a julgar Deus negligente, impotente ou até maligno.
Confusos e no escuro, eles chegaram a um ponto crítico: dar as costas com amargura ou dar um passo de fé. No fim, todos escolheram a trajetória da confiança, e por esse motivo nós nos lembramos deles como gigantes da fé.
A Bíblia está abarrotada de narrativas de outros que naufragaram nesses testes — Caim, Sansão, Salomão, Judas. Suas vidas, como os casamentos que fracassam cedo demais, liberam um odor de tristeza e um remorso do tipo: ah, o que poderia ter acontecido se...
- Trecho do Livro "Descobrindo Deus nos Lugares mais Inesperados", de Philip Yancey.
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