O que significa ter uma vida verdadeiramente grande? Na avaliação de Deus, quais os requisitos mais importantes que podemos ter? Inteligência? Força? Feitos?
Em primeiro lugar, precisamos entender que não temos o poder de impressionar o Senhor. Um homem pode fazer muitas coisas, mas de certo ponto de vista, isso não será muito valioso diante de Deus. Seria a mesma coisa que uma criança, com um barquinho de papel, tentando ensinar a arte da construção náutica a um experiente engenheiro naval. O caráter, portanto, e não as obras é o ponto de partida para a avaliação de Deus. O que você é sempre falará mais alto do que aquilo que você faz.
Ser é mais importante que fazer, e mais difícil também. Ser implica em mudanças. Estamos numa época em que nos preocupamos mais em produzir e mostrar resultados. Deus, por sua vez, está mais preocupado em que sejamos pessoas de caráter esmerado. A verdade é que trabalhamos muito pelas obras, mas pouco pelo caráter. Empregamos pouquíssima parte de nosso tempo buscando ser como Jesus.
É claro que nossas obras tem importância para Deus, inclusive glorificam-no (I Pe 2.12), mas em sua avaliação o que verdadeiramente conta é aquilo que somos. É neste ponto que um abismo se abre entre aqueles que são e aqueles que meramente fazem.
Muitos são bons para fazer, possuem admiráveis habilidades, comunicam-se bem em público, são bons músicos. No entanto, poucos deles possuem um caráter lapidado e aprovado por Deus.
Você pode não tocar bem, mas se você possui a semelhança de Jesus, as pessoas serão tocadas e quebrantadas por sua vida. As pessoas sentirão desejo de viver uma vida diferente, e isto é que realmente importa.
Não estou querendo dizer que devemos desprezar as atividades práticas, como desenvolver habilidades. Se tivermos que fazer algo a Deus, façamo-lo da melhor forma possível. Mas a mais importante de nos capacitarmos é nitrir uma intensa busca pelo caráter de Cristo.
As obras são importantes sim, pois chamam a atenção dos homens, mas é o caráter que chama a atenção de Deus, por quem de fato seremos julgados um dia.
- Trecho do Livro "A Ação da Cruz", de José Rodrigues.
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